Gentil fora do ringue, brasileiro promete ser feroz dentro dele para surpreender em sua estreia no UFC
O apelido é de colocar medo, principalmente em inglês. Bigfoot (Pezão, para os íntimos, em português). Feroz em seus ataques no ringue, Antônio “Pezão” Silva é extremamente gentil fora dele. Com olhar sereno e fala tranquila é difícil não acreditar que ele está realmente calmo para sua estreia como lutador do UFC.
E olha que os motivos são muitos. Além do óbvio, por ser a primeira luta, ele já aparece no card com destaque, no combate imediatamente anterior ao principal, entre Cigano e Mir. Para completar, o rival é Cain Velásquez, campeão dos pesos pesados até o último novembro.
O prestígio não é por acaso. Pezão é estreante no clã de Dana White, mas acumula larga experiência. Aos 32 anos, tem um cartel de respeito (16 vitórias e três derrotas). Pezão lutava no Strikeforce, outro evento de MMA que tem base na Califórnia (EUA). Com vivência de um veterano e a motivação de um iniciante, brasileiro quer surpreender.
– Pelo prestígio, sei que acham o Cain favorito. Eu não ligo. Até gosto disso, porque as atenções ficam sobre ele e eu posso fazer minha luta. Sei que tenho condições de vencer. Senão não estaria aqui.
Cain Velásquez sabe o desafio que terá pela frente. Pezão é um dos melhores lutadores na escolha de golpes. Das suas 16 vitórias, 12 foram por sequência de golpes, a chamada trocação. Mas o americano nascido no México pretende responder fogo com fogo. Ele também tem na trocação sua arma mais forte, tem o segundo melhor aproveitamento na hora de encaixar golpes da história do UFC, com 60,6%, atrás apenas de Anderson Silva (68,5%).
– O Pezão é muito forte, muito resistente. E tem características parecidas com as minhas. Acho que será uma luta aberta e muito interessante para quem assistir
