BRs já estão liberadas no Araguaia; moradores continuam com protestos

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Ponte foi queimada e está atrasando o trânsito de veículos na região
Ponte foi queimada e está atrasando o trânsito de veículos na região

Agência da Notícia

BRs foram liberadas; moradores seguem com protestos na região de Suiá-Missú
Moradores do Posto da Mata, na região da Gleba Suiá-Missú, no Médio Araguaia, desbloquearam as BRs 158 e 242, na tarde de terça-feira (25). Mesmo com o desbloqueio, o trânsito continua lento.

Os moradores continuam com protestos contra a desocupação da área indígena Marãiwatsédé, em Alto Boa vosta (1.059 km a Nordeste de Cuiabá).

Uma ponte de madeira na localizada na BR-158, a 25 km do distrito de Posto da Mata, cedeu e tem prejudicado a passagem de veículos em direção a cidade de Barra do Garças (509 km a Leste da Capital).

De acordo com a Polícia Civil local, os pilares de sustentação da ponte foram serrados e outras partes queimadas.

Existe a suspeita de sabotagem por parte dos moradores locais, que estão sendo obrigados a deixar a região.

As BRs 158 e 242 são as principais rotas de ligação com os municípios de Alto Boa Vista, Confresa e Porto Alegre do Norte.

Conflitos

Segundo o site Agência da Notícia, moradores da Gleba Suiá-Missu estão, há mais de 20 dias, reunidos no Posto da Mata, a fim de impedir o cumprimento da ordem Judicial de desintrusão na região, onde mais de três mil pessoas residem.

A desocupação dos 165 mil hectares de terra dentro Terra Indígena Marawatsede começou no último dia 10.

Houve um confronto entre policiais e posseiros, mais de 20 pessoas ficaram feridas por tiros de bala de borracha, disparados pelas forças de segurança.

No último domingo (23), foi registrado um início de conflito no Distrito de Posto da Mata. Segundo as informações, policiais tentaram furar o bloqueio nas BRs e utilizaram bombas de efeito moral e tiros de borracha. Não houve registro de feridos.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) informou que os trabalhos da força-tarefa seguem, sem interrupção, durante todo o período de festas de final de ano.

Até a quarta-feira (19), 53 pontos de ocupação dentro de Marãiwatsédé foram vistoriados pelos oficias de Justiça. Destes, 30 pontos já estão desocupados e encontram-se em posse da Funai.

TI Marãiwatsédé

Em toda a terra indígena Marãiwarsédé, 455 pessoas foram notificadas a deixar a área, por meio de mandados judiciais expedidos entre os dias 7 e 17 de novembro.

A terra indígena tem 165.241 hectares e está localizada entre os municípios mato-grossenses de São Félix do Araguaia e Alto Boa Vista.

Atualmente, 928 indígenas xavantes habitam uma pequena parte da terra.

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