Servidores invadem gabinete da prefeita de VG em protesto

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Do: Midia News

Força Tática da Polícia Militar foi acionada e houve um princípio de confusão no Couto Magalhães

*Servidores municipais pedem por enquadramento de carreira para educação e saúde

Cerca de 100 servidores municipais da área de Educação e Saúde invadiram o gabinete da prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM), na manhã desta quarta-feira (24).

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Várzea Grande (Sintep-VG), Juscelino Dias de Moura, a pauta principal do protesto é a progressão de carreira dos servidores, benefício que esperam desde 2010.

“Nós estamos desde 2010 sem progressão de carreira. O professor faz uma especialização, um mestrado, doutorado e fica parado”, afirmou.

Moura afirmou que o protesto seria pacífico e tinha como plano apenas passar pela Prefeitura e terminar na Câmara de Vereadores. Porém, ao chegarem à Prefeitura, o movimento se deparou com a via fechada pela Guarda Municipal, o que revoltou os manifestantes.

“Quando fomos passar em frente à Prefeitura, o comandante da Guarda Municipal colocou cone e impediu as pessoas de passarem. Aí o pessoal que estava participando se revoltou e resolveu entrar no gabinete da prefeita, ocuparam lá”, disse o sindicalista.

A Força Tática da Polícia Militar foi acionada e tentou expulsar os servidores da antessala da prefeita. Conforme Juscelino, isso causou uma confusão no local.

“Teve uma confusão, um empurra-empurra, mas conseguimos conversar pacificamente com o secretário. Enquanto o secretário não nos recebesse ou a prefeita, nós não íamos sair dali. Ai o secretário Pablo Pereira [Administração] nos atendeu”, relatou o presidente do Sintep.

Reivindicações

Em reunião com Pablo Pereira, os trabalhadores pediram um prazo para apresentarem uma proposta de cronograma para o enquadramento de carreira. Até o dia 3 de maio, a nova proposta deve ser entregue e será analisada pela Pasta.

Ainda de acordo com Juscelino, a pauta vem sendo postergada desde 2015. Na ocasião, a prefeita assinou uma lei garantindo que, dentro de 180 dias, faria o enquadramento. Porém isso não aconteceu.

“Em 2016, fizemos uma greve de 16 dias, duas audiências de conciliação e uma nova proposta de enquadramento, mas não aconteceu. De lá para cá só vem na conversa, só fala que vai fazer, mas nada de cumprir”, denunciou.

Por causa da falta de progressão, os trabalhadores da Educação estão perdendo em torno de R$ 250 a R$ 2.500 por mês, diz ele.

Com a insatisfação dos servidores, os sindicatos da Educação, dos médicos e de enfermeiros discutem a possibilidade de uma greve geral.

“Nós temos nos reunido constantemente e há uma ideia de greve geral porque o servidor não está mais aguentando essa falta valorização. A prefeita não respeita os trabalhadores”, afirmou Moura.

Agora, o movimento prepara um novo protesto para o dia 9 de maio, em frente à Prefeitura.