Seguro Sanitário criado em Mato Grosso é solução pioneira para proteger Avicultura

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Mato Grosso passou a ser pioneiro, mundialmente, na proteção à avicultura. Isso porque nesta terça-feira, 29, a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, assinou o Programa de Seguro Sanitário, que visa evitar contaminação das aves por Influenza Aviária e Doença de Newcastle.
O programa é de iniciativa da Associação Mato-Grossense de Avicultura (AMAV), e decorre de um fundo mantido voluntariamente por entidades privadas, que é gerido pela própria associação. Com a assinatura, passa a ter não somente apoio, mas a chancela e a futura regulamentação por parte do Ministério.
Segundo a ministra Tereza Cristina, tal iniciativa poderá ser replicada pelos demais Estados da federação, beneficiando assim o país de forma integral. “O papel do governo é apoiar e regulamentar, e o Ministério da Agricultura vai fazer isso com certeza, e com muita satisfação, mostrando que o setor privado entende a importância da sanidade que o ministério tanto preza, e que trabalha por isso durante anos. Quem produz não é o ministério, são os produtores rurais”, afirmou a ministra.
O senador Wellington Fagundes, que é médico veterinário de formação e participou da cerimônia de assinatura, afirmou que a constante vigilância é fundamental para que se faça, assim como no caso da febre aftosa do gado, “a manutenção destas erradicações internas e a prevenção para que doenças da américa latina, ou mesmo Ásia e Europa não recaiam sobre nossos rebanhos”.
Segundo ele, além de simulados de crise, treinamentos, adequação de laboratórios, criação de fundos, a instituição de um seguro sanitário específico para o setor em relação à Influenza e a Doença de Newcastle, a iniciativa colocará o país na vanguarda de uma medida protetiva fundamental, já amplamente aplicada em outros setores.
O seguro é, como destacou a AMAV, além de ferramenta indenizatória, um mecanismo educativo que incentiva os produtores a aderirem às boas práticas e ao cumprimento das regulamentações sanitárias. “Para todos os que investem em nosso país, ao adquirirem uma planta aviária, o seguro reduz o desgaste através da indenização, proporcionando rápida reposição do patrimônio produtivo”, destacou a instituição.

Números expressivos – Com um PIB de mais de R$ 50 bilhões de reais, e quase quatro milhões de empregos diretos e indiretos no setor, o Brasil é o segundo maior produtor mundial de carne de frango. Anualmente, são quase 13 milhões de toneladas produzidas nas granjas do país. No mercado internacional, o país é líder absoluto, com quatro milhões de toneladas exportadas no ano passado, para mais de 150 países nos cinco continentes. Isso representa quase US$ 7 bilhões em receitas de exportações geradas para o país.
Mato Grosso, segundo o senador Wellington Fagundes, é o sétimo no ranking dos maiores Estados em volume produtivo, sendo responsável por 4,2% do total nacional. “Mais de 2% de tudo o que o Brasil exporta vem das granjas mato-grossenses. Então, para manter níveis de excelência ao consumo interno e às exportações, é imperativo que haja – e existe, de fato – um controle sanitário rígido, como diferencial competitivo”, destacou o parlamentar.
O consumo interno brasileiro, segundo dados da AMAV, é um dos maiores beneficiários desta carne sadia, visto que 68,1% de tudo o que é produzido fica para o brasileiro colocar na mesa e alimentar a família. Cada cidadão, vale destacar, consome, em média, 42 quilos por ano de carne de frango. “Mas, quando se trata da saúde animal, os índices nulos de uma doença não significam que podemos faltar com o cuidado e a observância desta”, finalizou o senador do PL.
Da Assessoria

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