Saúde pública pode ficar ainda pior, afirma deputado Júlio Campos em encontro de prefeitos de MT

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Olhar Direto
A saúde pública do país, consecutivamente a de Mato Grosso, pode ficar ainda pior. A avaliação é do deputado federal por Mato Grosso Júlio Campos (DEM). O motivo, segundo o parlamentar, é o crescimento populacional do Brasil e o aumento da pobreza. Além da não aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 29 (PEC) não ter sido aprovada pela presidenta Dilma Rousseff, que obrigaria repasse mínimo de 10% da União para o setor.

Os municípios de Mato Grosso têm sentido a piora no investimento da saúde pública. O governo estadual não repassa o recurso (12% da arrecadação) para algumas cidades do Estado há pelo menos seis meses. O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Meraldo Figueiredo Sá, disse que o repasse é feito de forma aleatória. “Isso dificulta, principalmente, os pequenos municípios”, disse.

O prefeito de Diamantino (180 quilômetros de Cuiabá), Juviano Lincoln (PSD), revelou ao Olhar Direto que não recebe o recurso da saúde por parte do governo de Mato Grosso há quatro meses, um total de cerca de R$ 200 mil. “Falta atenção por parte do governador [Silval Barbosa]”, disse Lincoln.

O prefeito ainda argumenta que os municípios aplicam no mínimo 30% da arrecadação, mas o governo estadual não consegue nem cumprir com os 12%. “Diamantino investe 40% na saúde da cidade, todos os municípios de Mato Grosso aplicam pelo menos 30%, quando a obrigação é de apenas 15%, garantiu o gestor de Diamantino.

“Há pessoas sofrendo por falta de remédio gratuito, tem que haver uma consciência plena [governo federal, estadual e municipal]”, observou Júlio Campos durante o 29º Encontro de Prefeitos Mato-grossenses, realizado nesta quinta-feira (10).

O parlamentar ainda disse que falta consciência do governo federal em relação aos serviços da saúde pública.

“Se não houver uma sensibilidade do governo federal, o Ministério da Saúde vai continuar perdendo, como já perdeu este ano R$ 5 bilhões em corte orçamentário que pode chegar a R$ 20 bilhões”, detalhou Júlio Campos.

 

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