Roo: Vereadores questionam valor de R$ 130 mil pagos a consultorias

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Enquanto os trecho de 13,5 km da travessia urbana tem 23 centímetros de espessura (base, sub base e betume), no trecho do posto da PRF a Santa Elvira, o projeto é de 51 cm de espessura
Vereadores de Rondonópolis questionam o pagamento de duas consultorias, que não fizeram análise criteriosa do projeto da duplicação na travessia urbana da BR 364/163, em Rondonópolis. Após análise do laudo sobre a qualidade do pavimento, foi constatado que o projeto feito em 2007 subestimou o tráfego de veículos com prospecto de metade da quantidade de veículos que passa pela via atualmente.

Tanto a Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) quanto a Prefeitura de Rondonópolis – executora da obra – pagam duas empresas para fiscalizar a obra. O Dnit paga R$ 100 mil mensais a Maia Melo Engenharia Ltda e o município contratou por R$ 30 mil mensais a Diefra Engenharia e Consultoria Ltda.

Para o vereador Mohamed Zaher (PSD), há dinheiro público indo para o ralo. “Estamos tendo prejuízo sim. Estamos pagando R$ 130 mil para duas empresas darem parecer técnico e fiscalizarem uma obra de pouco mais de 13 quilômetros, e o serviço não está sendo prestado. “Pelas minhas contas são mais de R$ 2 milhões jogados no ralo”.

O vereador Reginaldo Santos (PPS) também não poupou críticas à atuação das duas empresas e defendeu fiscalização rigorosa pela Câmara. “Elas estão recebendo para realizar um serviço que não realizaram. Acho que, neste momento, não estão mais aptas a continuarem responsáveis pela fiscalização da obra”.

Os dados sobre o pagamento das consultorias foram apresentados durante reunião na Associação Comercial e Industrial de Rondonópolis (Acir) em uma ampla discussão sobre os rumos das obras da travessia urbana, que estão paralisadas.

O laudo realizado pelo Dnit apontou que as deteriorações no asfalto ocorreram por conta de um erro de projeção. Pelo projeto feito em 2007 e com início da execução em 2009, foi calculado o tráfego de 6.627 veículos por dia e projeção para 2012 de 7.681 automóveis diariamente. No entanto, a previsão ficou muito abaixo da realidade atual, já que, segundo dados da Prefeitura, cerca de 13.442 veículos passam pelo local todos os dias.

Por conta disso, houve a necessidade de redimensionamento da obra. Enquanto os trecho de 13,5 km da travessia urbana tem 23 centímetros de espessura (base, sub base e betume), no trecho do posto da PRF a Santa Elvira, o projeto é de 51 cm de espessura.

O valor total da obra de duplicação do trecho urbano da BR 364/163 está orçado em R$ 54 milhões. Até o momento, já foram pagos à empreiteira responsável pela obra R$ 27 milhões. De acordo com o prefeito, mais R$ 18 milhões estão em caixa disponíveis para serem utilizados na obra.

O prefeito Zé Carlos do Pátio disse que já está licitando para que uma nova empresa faça o redimensionamento do projeto e entregue ao Dnit. O superintendente do órgão em Mato Grosso garantiu que vai tomar as providências necessárias assim que receber o documento.

O proprietário da empresa Objetiva Engenharia e Construções, Francisco de Sales, responsável pela obra da travessia urbana disse que recebeu R$ 27 milhões do poder público e executou pouco mais de 45% da obra.

Ele comentou que há problemas no asfalto da pista nova, que será reparado pela própria construtora e que não há condições de executar o serviço previsto no contrato na pista antiga que seria recuperada.

Será feita nova sub-base e outra base para receber o asfalto. A construtora disse ter avisado a prefeitura sobre o problema apresentado no local. O trecho se refere a 1,5 quilômetro que está pura poeira e buraco, causando danos a quem trafega pela estrada.

 

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