Qualificação da mão de obra para o campo é assunto do 69ª Simpas

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O superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (SENAR-MT), Otávio Celidonio foi um dos 16 palestrantes do 69º Sistemas Integrados de Manejo na Produção Agrícola e Sustentável (Simpas), encerrado nesta quarta-feira (23.11), em Tangará da Serra. Desafios da formação da mão de obra para o agro foi o tema da palestra de Celidonio.

O assunto despertou e atraiu a atenção da plateia de cerca de 300 pessoas. O público, formado por produtores rurais, empresários e estudantes, fez vários questionamentos e demonstrou preocupação com o assunto diante do panorama apresentado por Celidonio.

De acordo com o superintendente do SENAR-MT, até 2050, a população mundial vai crescer 31% e chegar a 9,7 bilhões de pessoas, sendo que a grande maioria vai morar nas cidades e terá uma melhoria na renda e na qualidade de vida. Com isso, a demanda por alimentos vai aumentar 70%, sendo que 40% devem ser produzidos no Brasil. “Vamos ter que produzir mais, em uma mesma área e nossa alternativa é aumentar a produtividade. Para isso, utilizaremos cada vez mais tecnologia que demandará profissionais capacitados”.

O SENAR-MT tem a competência para capacitar esta mão de obra, mas o desafio é que na maioria das vezes os trabalhadores não têm escolaridade para usufruir destes treinamentos. Celidonio diz que só para se ter uma ideia, 53% dos analfabetos funcionais no Brasil estão empregados na agropecuária. No setor, apenas 4% dos trabalhadores têm formação superior. “O campo é uma indústria a céu aberto, muito mais complexa que outros tipos de indústria, pois emprega muita tecnologia, ou seja, exige gente preparada”.

Na palestra, Celidonio aproveitou para falar sobre os programas e treinamentos ofertados pelo SENAR-MT. “A meta para 2017 é realizar cerca de quatro mil treinamentos e qualificar mais de 50 mil pessoas para trabalhar no campo. Porém mais que capacitar, a ideia é promover o engajamento de todos os elos das cadeias produtivas do agronegócio”.

Para o consultor Marçal Zuppi, o SENAR realiza um trabalho muito importante para o setor produtivo. “Capacitar “a ponta” que é o trabalhador e o produtor rural não é fácil. É um trabalho digno de elogio e tem que ser incentivado. O SENAR é uma ferramenta importante que o produtor rural precisa aprender a utilizar mais e melhor”.

O presidente da Associação de Engenheiros Agrônomos de Tangará da Serra, Cláudio Terci, acrescenta que esse engajamento e o investimento em qualificação deve acontecer com mais rapidez, caso contrário o produtor rural corre o risco de perder produtividade. “As máquinas estão chegando para os trabalhadores com manuais de instrução de 200 ou 300 páginas. Se não tivermos pessoas em condições de, no mínimo, ler, entender e extrair tudo o que a máquina pode oferecer, teremos prejuízos. Por isso a palestra do Celidonio foi muito importante em nosso evento”.

Evento – O 69º SIMPAS – Sistemas Integrados de Manejo na Produção Agrícola Sustentável – é um evento nacional focado em produtividade, rentabilidade e sustentabilidade no campo, e tem como público-alvo agricultores, profissionais especializados em assistência técnica, extensão rural, pesquisa e ensino, e demais profissionais do agronegócio.

O SENAR-MT faz parte de um conjunto de entidades que forma o Sistema Famato. Essas entidades dão suporte para o desenvolvimento sustentável do agronegócio e representam os interesses dos produtores rurais do Estado. É formado ainda pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) e pelos 89 Sindicatos Rurais do Estado. O SENAR está nas redes sociais, acompanhe no Facebook, Instagram, Linkedin, Youtube e no nosso Blog.

Fonte: GECOM Senar-MT

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