Propósito de Vida – Parte Final

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Você está disposto a fazer o que nunca fez para ter o que nunca teve? Eu,
sinceramente, espero que você tenha respondido positivamente a pergunta
acima, desde nosso primeiro passo. Afinal, hoje chegamos a última parte da
construção da nossa jornada, foram 8 passos até agora. Hoje, finalizaremos com os dois últimos
passos, totalizando 10 passos, que contribuíram para a construção do seu propósito de vida.

Vamos lá?

Passo 09 – O que mais te incomoda no mundo?
Tem um livro, que eu quero recomendar a você, este livro foi escrito pelo pastor protestante
norte-americano Mike Murdock, chamado “O Desígnio”. Logo na contracapa do livro, possui
uma frase que mudou a minha vida. Ela dizia que o seu desígnio, ou seja, o seu propósito, está
ligado resolver aquilo que mais te incomoda no mundo, ao que você mais odeia. E isso faz todo
o sentido!
O que todos desejamos é uma vida em que possamos trabalhar todos os dias com algo que vá
nos fazer feliz, mudar o mundo, ajudar as pessoas e resolver aquilo que nos incomoda. É assim
que nos sentimos úteis.
Talvez o que te incomode sejam as pessoas que não conseguem ter uma carreira de sucesso,
que precisam emagrecer, ou ser pais melhores, pessoas que você pode ajudar com o seu
trabalho. O que você é bom em resolver? Como você pode ajudar as pessoas?

Você já se fez essas perguntas?
É hora de fazê-las!
É por isso que hoje eu desafio você a parar o que quer que esteja fazendo para mapear como
fazer a diferença na vida das pessoas. Reflita sobre qual é o trabalho que você faz e sobre como
você pode ajudá-las, sobre como você pode deixar sua marca na vida delas e no mundo. Pense
na obra que você quer deixar, no seu legado. Faça isso agora, porque só assim você descobrirá
como encontrar um propósito de vida.

Passo 10 – Desenvolva novos hábitos
Você parou para pensar hoje antes de decidir se amarraria primeiro o sapato esquerdo ou o
direito? Ou teve problema para escolher se deveria escovar os dentes antes ou depois de tomar
banho? Em geral, esse tipo de questão não passa pela cabeça, porque são atividades que já
fazemos em piloto automático. Não precisamos usar o cérebro para fazer aquilo o que repetimos
frequente e regularmente. É a força do hábito.

As informações abaixo fazem parte do livro O Poder do Hábito (editora Objetiva, 2012), escrito
por Charles Duhigg, repórter investigativo do New York Times.

Segundo ele, os mesmos pesquisadores constataram também que os hábitos nossos de cada dia
funcionam com base em loops neurológicos. Estes loops são constituídos por três partes: a
primeira é a deixa, a motivação que atua como um despertador para a ação; a segunda é a rotina
que se estabelece, com a repetição do hábito; e a terceira, a recompensa, que, com o passar do
tempo, colabora para que o cérebro repita aquela ação esperando por determinado resultado.

Para mudar um hábito que impacta negativamente em sua vida, o jeito é interromper esse ciclo:
deixa, rotina, recompensa. Se aprendermos a criar novas rotinas neurológicas que sejam mais
poderosas que esses comportamentos, podemos forçar essas tendências nocivas e ficar em
segundo plano. Se a intenção é parar de comer um doce no meio de toda tarde ou incluir
exercício físico na rotina, estudos demonstram que o caminho é descobrir o que motiva você a
praticar ou não essas ações e, então, criar novos padrões de comportamento, mais saudáveis.

A seguir, quatro passos sugeridos pelo autor do livro para que você decida que hábitos quer
cultivar.

1. Identifique a rotina.
Para entender os próprios hábitos, você precisa identificar componentes dos seus loops (deixa,
rotina, recompensa). Digamos que você tenha o habito de comer um doce toda tarde. Como
diagnosticar esse hábito? O primeiro passo é identificar a rotina. Por exemplo: você levanta de
sua mesa de trabalho, vai até a padaria, compra um doce e come. Resumindo, sua rotina é a
padaria.

Agora se pergunte: qual é a deixa para essa rotina? O que a impulsiona? É a fome? O tédio? A
ansiedade? Pouco açúcar no sangue? Ou apenas a vontade de fazer uma pausa entre uma tarefa
e outra?

E qual é a recompensa? O doce em si? A mudança de ambiente? A distração momentânea?
Socializar com os colegas? O surto de energia que vem com a explosão de açúcar?

Para descobrir a resposta, faça um pequeno teste, explicado a seguir.

2. Experimente diferentes recompensas.
As recompensas são poderosas porque satisfazem anseios. Mas muitas vezes não estamos
cientes dos anseios que impelem nossos comportamentos. Para descobrir quais anseios estão
movendo hábitos específicos, é indicado testar o efeito de recompensas diferentes. Essa
experimentação talvez leve alguns dias ou semanas. Durante esse período, você não deve sentir
nenhuma pressão para fazer uma mudança real – pense que você é um cientista no estágio de
coleta de dados.

No primeiro dia do seu experimento, quando sentir o impulso de ir à padaria, ajuste sua rotina,
de modo que ela proporcione uma recompensa diferente. Por exemplo, dê uma volta no
quarteirão e depois volte à mesa de trabalho. No dia seguinte, vá à padaria e compre outro doce,
que não o que você está acostumado a comer diariamente. No terceiro dia, tome apenas uma
xícara de chá. E, no quarto, vá até a sala de um colega e bata um papo rápido.

O que você faz em vez de comprar aquele doce não é o importante nesta etapa. Importante é
tentar hipóteses variadas para determinar que impulso move sua rotina.
Refaça aquelas perguntas, agora com base nos dados coletados: afinal, qual é sua vontade por
trás do hábito de comer o doce? É comer o doce em si? Fazer uma pausa no trabalho? Fome?
Faça o teste com quatro ou cinco recompensas diferentes.

Depois de cada atividade, anote em um papel as primeiras três coisas que vieram à sua mente
quando voltara ao trabalho. Podem ser emoções, pensamentos aleatórios, reflexões sobre como
está se sentindo, ou qualquer outra palavra. Por exemplo: relaxado, flores, sem fome.

Então, programe um alarme para dali a 15 minutos. Quando ele tocar, pergunte-se: ainda está
com o impulso de comer o doce?

Se a resposta for “sim”, depois de ter ido bater um papo na mesa de um colega, então a
necessidade de interagir com outras pessoas não é o que está o movendo. Porém, se após 15
minutos de papo com um colega, for fácil voltar ao trabalho, então era uma distração temporária
que o estava impulsionando.

3. Isole a deixa.
Classifique as categorias em que se encaixam cada comportamento. A ciência nos oferece cinco
grandes grupos de categorias que costumam dar conta da maior parte de nossas deixas
habituais: lugar, hora, estado emocional, outras pessoas e ação imediatamente anterior.

Para descobrir em que categoria seu impulso se encaixa, passe a anotar cinco perguntas básicas
todos os dias, quando o impulso de comer o doce surgir.
Onde está?; que horas são?; qual é seu estado emocional?; quem mais está perto?; qual foi a
ação anterior ao impulso?

Depois de três dias, cruze as informações e verá o que está disparando seu hábito.

4. Tenha um plano.
Uma vez que descobriu qual a recompensa que move seu comportamento, a deixa que o
deflagra e a rotina em si, deve, agora sim, começar a alterar o comportamento. Para
reprogramar o loop no cérebro, precisamos fazer escolhas outras vez. É preciso traçar um plano.

Seu plano pode ser parar com o habito de comer um doce por dia. Se você identificou que, por
trás dessa ação, está o desejo de fazer uma parada e distrair-se, pode, então, começar a ir até a
mesa de um colega nesse horário. No início, programe um alarme para lembrar de quebrar a
rotina. Com o tempo, a tendência é que a nova rotina se torne automática.

Obviamente, alguns hábitos podem ser mais difíceis de mudar. Mas esse modelo é o ponto de
partida. Uma vez que entende como a fórmula do habito atua, ganha a possibilidade de escolher
que tipo de rotina quer ter.

Sabe a pergunta que venho fazendo desde o primeiro passo?
Você está disposto a fazer o que nunca fez para ter o que nunca teve?

Para você ter o que nunca teve é necessário fazer o que nunca fez. Isso é fato.

É por este motivo, que eu finalizo com este passo, passo que proporciona a você um reflexão
sobre seus hábitos. Para você perceber, se os seus hábitos estão te levando ao encontro do seu
propósito de vida, ou se eles estão te afastando do seu propósito de vida.

Lembre-se, o propósito de sua vida é muito maior que sua realização pessoal, sua paz de espírito
ou mesmo sua felicidade. É muito maior que sua família, sua carreira ou mesmo seus mais
ambiciosos sonhos e aspirações.

A procura pelo propósito (sentido) da vida tem intrigado as pessoas por milhares de anos. Isso
porque normalmente começamos pelo lado errado — nós mesmos.

Através dos 10 passos que mostrei a você em aproximadamente 2 meses, é possível, sair do
ponto A que você se encontra e atingir o ponto B. Para isso, é necessário, foco, repetição,
observação, auto avaliação e muita disciplina.

Observe seus hábitos, e decida mudar HOJE o que precisa ser mudado, ser transformado. A
escolha é sua.

Qual a sua escolha?

Por enquanto é isso. Nos encontramos na semana que vem com um novo assunto.
Abaixo, você poderá ter acesso a todos os passos anteriores. Reveja.
 Link Propósito de vida – Parte 01
 Link Propósito de vida – Parte 02
 Link Propósito de vida – Parte 03
 Link Propósito de vida – Parte 04
 Link Propósito de vida – Parte 05

Forte abraço !!!

TÂNIA CIGOLINI, Coach, com Certified Professional, Self Coach e Business and Executive Coach
com reconhecimento internacional pela European Coaching Association (Alemanha/ Suíça), GCC
– Global Coaching Comunity (Alemanha). Analista Comportamental pela Behavioral Coaching
Institute, International Coaching Council, European Coaching Association, Global Coaching
Community, International Association of Coaching. Instrutora de treinamentos
comportamentais atuando no desenvolvimento de líderes e equipes. Mba/Pós graduanda em
Gestão de Pessoas com ênfase em Coaching. Consultora /Instrutora Sebrae, Senac e Senai.
Possui vasta experiência na área de Desenvolvimento de Pessoas, na qual participou de vários
cursos de aperfeiçoamento profissional tanto técnico quanto em Gestão Estratégica e de
Pessoas desde o ano de 2008.

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