Do: Agro Olhar
A produção de soja em Mato Grosso deverá recuar em um milhão de toneladas na safra 2015/2016. A falta de chuva, principalmente em microrregiões do estado que correspondem a 15% da área, deverá fazer com que a produção caia de 29 milhões de toneladas para 28 milhões. As condições climáticas em janeiro e fevereiro serão decisivas para o desenvolvimento da safra.
Algumas localidades em Mato Grosso, como o Agro Olhar comentou recentemente, estão há 40 dias sem a presença de ‘São Pedro’.
A área destinada à oleaginosa, de acordo com a terceira estimativa de safra divulgada nesta segunda-feira, 14 de novembro, pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), segue os mesmos 9,203 milhões de hectares, entretanto a produtividade antes prevista em 52,6 sacas por hectare foi reduzida para 50,8 sacas. A projeção de produtividade é inclusive 2,26% menor que as 51,9 sacas constatadas em média por hectare no ciclo 2014/2015.
Com a nova estimativa de produtividade (sacas por hectare) verifica-se um recuo na perspectiva inicial de 29 milhões de toneladas para 28,031 milhões. Ao se comparar com a safra passada leve “retração” ante as 28,085 milhões de toneladas colhidas.
“O clima durante o desenvolvimento da nova safra, sobretudo em janeiro e fevereiro, será decisivo para a consolidação dos dados, de forma que continuidades de baixo volume de chuvas podem trazer reflexos ainda maiores. De qualquer modo, mesmo o Estado semeando a maior área de soja da sua história, percebe-se que o movimento de safra recorde ocorrido desde a safra 09/10 não está sendo aguardado neste momento”, declara o Imea.
Até o momento Mato Grosso já comercializou 55,35% da produção, de acordo com dados do Imea.
Cenário nacional
O cenário nacional a princípio ainda apresenta saldo positivo na oferta de grãos em relação ao ciclo passado de 5,2%, ou seja, aumento de 97,9 milhões de toneladas para 103 milhões de toneladas. “Caso esse cenário de recuo produtivo de soja (Mato Grosso) se estenda para outros estados, a safra 15/16 brasileira pode apresentar uma nova “cara”, refletindo também sobre a produção mundial”, destaca o Imea.
