PMs acusados de homicídios, estupro e concussão são expulsos

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Do: Midia News

Ao todo, sete militares – sendo um sargento, dois cabos e quatro soldados – foram exonerados

*Os atos de demissões foram assinados pelo comandante-geral da PM, coronel Marcos Vieira

O Comando Geral da Polícia Militar de Mato Grosso expulsou sete militares da Corporação, sendo um sargento, dois cabos e quatro soldados.

Os atos de demissões, assinados pelo comandante-geral da PM, coronel Marcos Viera da Cunha., foram publicados nessa terça-feira (16) no Diário Oficial do Estado.

O sargento, identificado pelas iniciais F.R.I., e um dos soldados, J.P.S. são réus pela prática do crime militar de concussão.

Eles teriam exigido R$ 300 de um homem que conduzia uma caminhonete S10 sem habilitação, em Pontes e Lacerda ( a 450 km de Cuiabá), em fevereiro de 2015. Os dois militares chegaram a ser presos na época, mas conseguiram a liberdade meses depois.

Já um dos cabos e outro soldado, identificados como P.C.A. e H.B.F.S., respectivamente, são acusados de estupro e atentado ao pudor. Os dois, inclusive, já foram condenados em 2011 a 5 anos e 6 meses de prisão pelos crimes.

Consta no processo que eles estavam em uma ronda nas proximidades do Parque Cuiabá, quando se depararam com uma discussão entre um homem e uma mulher.

Na ocasião, os policiais militares deram voz de prisão a mulher e a colocaram na viatura, informando que na verdade ela estava sendo apenas retirada o local para evitar problemas.

Em seguida, os PMs se dirigiram para um local afastado e estupraram a mulher.

Após a violência sexual, ambos ainda ejacularam no rosto da vítima e a deixaram abandonada na Avenida Fernando Corrêa da Costa.

Homicídio e tentativas

O outro cabo, identificado como I.G.G., é acusado de matar um homem e uma mulher, no Bairro Doutor Fábio, em Cuiabá , no ano de 2013.

O crime aconteceu em um bar, após uma discussão entre o militar e o casal.

O vendedor Antônio Vilson de Andrade morreu na hora com um tiro no tórax e sua mulher, Sânia Lopes Neves Andrade, baleada na cabeça, chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.

Já o soldado C.G. de M. foi condenado, em junho deste ano, a sete anos de prisão em regime semiaberto por tentar matar dois homens que teriam assediado a  sua namorada no dia 25 de dezembro de 2004, em Cuiabá.

Houve uma briga e, na confusão, o policial teria sacado a arma e atirado contra Paulo Henrique de Barros Virgolino e Ricardo de Barros Virgolino. As vítimas foram atingidos no abdômen, mas não morreram.

Com relação ao soldado B.B.G. não há informações de qual crime ele é acusado.

Com as expulsões, o comandante determinou  o recolhimento da identificação funcional, do fardamento e de todas as armas que estiverem em posse dos militares.