PIB brasileiro encolhe 4,6% no primeiro semestre

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Com queda de 0,6% entre abril e junho, economia brasileira registrou seu sexto trimestre consecutivo de retração

*O PIB é o principal medidor da atividade econômica (Paulo Whitaker/Reuters/Reuters)
*O PIB é o principal medidor da atividade econômica (Paulo Whitaker/Reuters/Reuters)

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encerrou o primeiro semestre com retração de 4,6%, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. No segundo trimestre, o recuo foi de 3,8% em comparação com o mesmo período 2015 e de 0,6% em relação ao trimestre anterior. Esse foi o sexto trimestre consecutivo de recuo da economia brasileira. O PIB é o indicador que soma todas as riquezas geradas pelo país.
A queda do PIB no segundo trimestre foi maior que a esperada por analistas. Em pesquisa realizada pela agência Reuters, a previsão era de queda de 0,5% em relação ao intervalo entre janeiro e março e de 3,7% em comparação com o segundo trimestre de 2015.
No acumulado de 2016, o indicador com a maior retração foi a taxa de investimento, medida pela formação bruta de capital fixo. A queda foi de 13,3% em comparação com o primeiro semestre do ano passado. O consumo das famílias, com queda de 5,6%, foi o segundo indicador com maior baixa, seguido pela indústria (-5,2%).
Praticamente todos os indicadores encolheram no primeiro semestre e também no segundo trimestre. Isso ocorreu até na agropecuária, um dos únicos que ainda sustentavam alguma alta nesses seis trimestre consecutivos de recessão. Em comparação com os primeiros seis meses de 2015, a agropecuária brasileira encolheu 3,4%. No comparativo trimestral, houve quedas de 2% (em relação aos primeiros três meses do ano) e de 3,1% (mesmo período de 2015).
Se foi o indicador com a maior retração no primeiro semestre, a formação bruta de capital fixo foi também o único a ter algum avanço entre todas as bases comparativas divulgadas pelo IBGE nesta quarta. A alta, de 0,4%, foi registrada na comparação entre o primeiro e o segundo trimestres deste ano.

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