Do: Mídia News
Profissionais cobram, entre outros pontos, o cumprimento da lei da dobra do poder de compra
Um grupo de servidores da Educação realiza um protesto na manhã desta segunda-feira (22), em frente ao Palácio Paiaguás. Eles estão acorrentados e pedem que o Governo do Estado apresente uma proposta para por fim à greve da categoria, que teve início em 27 de maio.
O professor Robinson Cireia afirmou que o grupo deve permanecer no local ao longo do dia e já planeja outros atos como forma de chamar atenção do Executivo.
Segundo ele, o governador Mauro Mendes (DEM) adotou uma postura “intransigente” e se recusa a negociar com os profissionais que cobram, entre outros pontos, o cumprimento da lei da dobra do poder de compra, que dá direito a 7,69% a mais anualmente na remuneração durante 10 anos.
“O governador nos deixou nessa situação, ele nos prendeu na greve. Queremos uma proposta para poder libertar a Educação, para poder voltar às aulas dos estudantes. Só depende dele mandar a proposta”, disse o professor, ao MidiaNews.
Ele afirmou ainda que os profissionais já apresentaram uma série de alternativas ao Executivo como, por exemplo, a possibilidade de o reajuste ser concedido de forma parcelada.
Todas, no entanto, segundo Cireia, foram negadas pelo Governo.
“O governador tem sido muito intransigente. Ele bateu o pé numa birra, disse que não poderia fazer um parcelamento. O discurso que ele adotou é só falar que não tem, não tem, não tem”, criticou o educador.
“Sabemos que já houve incremento de receita no quadrimestre, o Estado vai crescer ainda mais e ele já poderia ter feito uma proposta. Estamos acorrentados aqui pra ver se sai uma proposta do governador”, acrescentou.
A greve
Os servidores da Educação estão parados desde o dia 27 de maio e exigem, além do cumprimento da dobra de compra, o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA).
No último dia 10 de julho, a Assembleia Legislativa apresentou uma proposta ao Governo para pagar os 7,69% divididos em três parcelas.
A primeira seria de 2,6% a ser paga na folha salarial de agosto; a segunda (2,6%) entraria na folha de novembro e a última (2,49%) em fevereiro do ano que vem.
O Governo, no entanto, não acatou a proposta alegando estouro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) que estabelece o limite máximo de gastos com folha salarial em 49%. Mato Grosso já atinge 58,55%.