Para preço da Arena não dobrar, Governo fará contratação emergencial: “Se continuar assim, a estrutura cai”

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Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto
Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Do: Olhar Direto

“Temos ferrugens que precisam ser consertadas. Se ficar daquela forma, se a ferrugem continuar, daqui cinco anos a Arena cai”. A afirmação foi feita pelo secretário de Cidades (Secid), Eduardo Chiletto, em entrevista exclusiva ao Olhar Direto. Segundo ele, o estádio mato-grossense tem diversas inconformidades que precisam ser sanadas. A Mendes Júnior, empresa responsável pela obra, deverá ser acionada judicialmente. Além disto, já no próximo mês, uma contratação emergencial deve ser feita para terminar os pontos necessários para que o empreendimento receba o certificado Leed, que impede que o preço dobre para R$ 1,2 bilhão.

“Vamos judicializar esta questão da Arena Pantanal, pois é uma obrigação nossa entrar na Justiça contra a Mendes Júnior. O TCE (Tribunal de Contas do Estado) já nos apontou para contratarmos uma empresa emergencialmente em fevereiro. Estamos terminando de fechar nossa equipe técnica”, revela o secretário.

O secretário ainda acrescenta que “existem duas coisas: a obra para que a Arena Pantanal fique perfeita e as específicas para que tenhamos a certificação Leed. Vamos entrar com a contratação emergencial neste último ponto, separamos o joio do trigo. A intenção é que até o início de maio tenhamos todas estas pendencias resolvidas para que até novembro recebamos esta certificação. O nosso prazo se esgota em dezembro. As coisas estão caminhando de forma séria e planejada”.

Caso o estádio mato-grossense não receba o certificado Leed, o custo poderá dobrar e passará dos mais de R$ 600 milhões para algo em torno de R$ 1,2 bilhão, quase o preço de um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Isso porque o certificado faz com que os juros sejam menores. Em tempos de crise, isso é visto como um rombo severo nos cofres públicos e por isso a pasta está empenhada nesta questão.

“A nossa equipe já levantou previamente algumas coisas e você precisa ver a quantidade de inconformidades encontradas. È uma relatório bem grosso, com fotos de tudo, que vai desde o piso – que deveria ser pronto para receber uma carga grande de pessoas e já está quebrado, mostrando que a qualidade foi ruim – até a questão estrutural. Temos ferrugens que precisam ser consertadas. Se ficar daquela forma, se a ferrugem continuar, daqui cinco anos a Arena cai. Isso tudo mostra que a empresa não fez o que tinha que fazer com qualidade”, conta o secretário.

Chiletto ainda acrescenta que as empresas estão mal acostumadas: “Não cumpriu o prazo, vai levar multa. Todo mundo viu o que aconteceu na gestão anterior. Tudo sobrou pra gente terminar e arrumar. São obras que podiam ser entregue a tempo e seria uma coisa fantástica para o gestor da época, mas não foi isso que ele fez. É uma obra de estado, importante para Cuiabá e Várzea Grande. Todas estas obras – incluindo o VLT – o governo Taques assumiu e vai terminar, desde que mostre que é viável. O VLT, que era o grande ponto de interrogação, está se mostrando viável preliminarmente, então vamos fazer”, finalizou.

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