Não havia lugar para Jesus

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TEMPO DE REFLETIR 237 – 25 de agosto de 2014

“E ela deu à luz seu filho primogênito, enfaixou-O e O deitou numa manjedoura porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lucas 2:7)

Fernando Magalhães nasceu no sul de Portugal, segundo uns, no Porto, segundo outros, mas morreu corno comandante de uma frota espanhola na ilha de Cebu, no que é hoje o arquipélago das Filipinas. Embora combatesse em várias campanhas pelos reis de Portugal, e fosse ferido mais de urna vez por sua bravura, nunca chegou a desfrutar o favor de seu soberano. Navegador perito, ofereceu seus serviços ao rei da Espanha, e foi feito comandante de uma frota de cinco navios, com a incumbência de descobrir um caminho para as Índias Orientais velejando para o Oeste. Outros navegadores tinham tentado contornar o continente americano pelo Norte, mas sem êxito. Magalhães tentaria contorná-lo pelo Sul. Rumou para a costa do Brasil, e depois foi velejando para o Sul até atingir a Patagônia. Descobriu, a seguir, a passagem hoje conhecida como o Estreito de Magalhães, e, atravessando-o, suas caravelas atingiram o oceano ao qual deu o nome de Pacífico. Cansados de tantas peripécias, os capitães de algumas caravelas amotinaram-se, desejosos de regressar à Espanha. Magalhães dominou a revolta e prosseguiu destemido até alcançar as Filipinas três meses mais tarde. Um dos mais intrépidos dos navegadores de todos os tempos, Magalhães não teve o reconhecimento que merecia em sua própria terra. Não foi, porém, o único a experimentar o desprezo de seus conterrâneos.

De nosso Salvador é-nos dito: “Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam.” João 1:11. Aquele de quem Moisés e os profetas escreveram, não foi reconhecido por aqueles que se diziam intérpretes das Escrituras.

Jesus tem direito de entrada em cada coração. Este direito Lhe pertence em virtude de Sua autoridade como Criador e Redentor. Reconhecemos-Lhe este direito? Ou faremos como o dono da hospedaria em Belém, que não tinha lugar para Jesus?

Como Rei dos reis e Senhor dos senhores, nosso Salvador podia exigir entrada em cada coração. Mas Ele não o faz. Criou-nos seres morais livres e respeita nossa liberdade. “Eis que estou à porta e bato”, diz Jesus, “se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo.” Apocalipse 3:20. Vamos acolhe-Lo com as honras de nosso Rei e Salvador, ou faremos como o rei de Portugal, que não reconheceu em Magalhães um de seus súditos mais ilustres?

Jesus veio para o Seu próprio povo, mas “os Seus não o receberam”. Por sua ingratidão, privaram-se da maior bênção: “Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus”. João 1:12. Poderia o Salvador oferecer-nos privilégio maior?

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-> Autoria: Siegfried J Schwantes
-> Música: Daniel Cruz, “Deixa o Rei entrar”
-> Narração: Amilton Menezes

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