Movimento quer ampliar conexões entre campo e cidade e realiza evento para jovens em MT

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Da Assessoria

Zona rural e zona urbana. Campo e cidade. Dois polos, duas realidades por vezes conflitantes e com dificuldades de entender “as dores e delícias” do outro lado. Em um cenário de polarizações exacerbadas por toda parte, nasce o movimento Agroligadas, com propósito de criar conexões sólidas e empáticas entre campo e cidade, sendo ponte para trocas, aprendizados e promoção de uma cultura positiva das atividades agropecuárias. Nesse caminho foi realizada a primeira grande ação do grupo nesta terça-feira (09), em Campo Verde, Mato Grosso.

O 1º Dia de Campo Agroligadas – Ligando o Campo e a Cidade reuniu mais de 100 estudantes do nono ano do Ensino Fundamental, além de professores, coordenadores de escolas e convidados, em uma grande aula de campo no Centro de Treinamento e Difusão Tecnológica do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), braço tecnológico da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa).

Olhares curiosos de um lado, dúvidas de outro. Muitas perguntas e muita atenção. Das personalidades mais contidas às mais efusivas, todas imersas nos assuntos apresentados, cada um deles despertando a atenção deste ou daquele grupo de alunos.

João Dalmora, de 14 anos, adorou tudo que viu nas nove estações do evento, mas uma delas ganhou sua plena atenção. “Foi muito bom tudo, mas o que mais gostei foi a parte de robótica e uso de drones na agricultura”, disse. Ele também teve oportunidade de refazer alguns conceitos. “Eu achava que basicamente existia o produtor rural e pessoas ali na fazenda para trabalhar para ele. Hoje eu vi o quanto de profissões que existem na atividade, tem muitas”, comentou.

Já Ana Carolina Irineu, de 14 anos, conta que por causa de um tio Agrônomo, sempre olhou a profissão com bons olhos desde criança. Porém, até hoje nunca tinha visitado uma propriedade rural ou visto uma lavoura de tão perto. “Esse dia de campo foi muito bom, gostei de tudo, aprendi muito. O que eu mais gostei foi a parte de biologia, na estação de Controle Biológico. Eu fiquei com mais vontade de seguir meus sonhos e ser uma agrônoma um dia”, afirmou Ana.

Rogério Silva Fonseca, diretor da Escola Estadual Jupiara conta que o evento foi muito produtivo desde antes mesmo do dia de campo, pois foi realizada uma formação para preparar as equipes educacionais das escolas participantes e também reuniões com os pais dos alunos. “Com tudo isso que foi realizado para a preparação do dia de campo, nós criamos a expectativa de que seria muito bom. Mas chegamos aqui e o que posso dizer é que superou muito o que a gente imaginava. Tenho certeza que vai agregar coisas boas na vida de todo mundo que participou”, disse o diretor.

A programação do 1º Dia de Campo Agroligadas – Ligando o Campo e a Cidade contou com visita a nove estações: Doenças e Pragas (IMAmt); Estação IMEA (sobre e economia e a cadeia do agronegócio); Inovação Tecnológica (robótica e uso de drones); Controle Biológico (visita à biofábrica); Estação ANDEF (panorama da agricultura ao longo da história); Fiação Cooperfibra (etapas do algodão do campo à indústria); IMAmt e Cultura do Algodoeiro (cultura do algodão e pesquisa); Iguaçu Máquinas/John Deere (conectividade rural) e Estação Agroligadas (história do movimento e bate-papo com família de produtores rurais).

“Estou muito feliz com a realização deste dia de campo, um sonho para mim. Nós queremos união e integração. Queremos que as diferenças entre campo e cidade resultem em trocas positivas e aprendizados. O Brasil é um país agrícola. As atividades agropecuárias são importantes em nosso contexto, mas nem sempre as pessoas das cidades conhecem ou sabem como funcionam esses setores. Queremos que essa barreira – a da falta de informação – seja gradativamente eliminada. E nós, um movimento de mulheres ligadas ao agro, estamos usando nossa força e sensibilidade em prol deste propósito, apoiadas em ações de educação e comunicação com o desejo de que possamos ter uma sociedade cada vez mais unida e consciente”, diz Geni Schenkel, fundadora do movimento Agroligadas.

1º Dia de Campo Agroligadas – Ligando o Campo e a Cidade teve patrocínio oficial da FMC, parceria da AMPA, IMAmt, ANDEF, IMEA, Cooperfibra, Cooperverde/Cooperpluma, Iguaçu Máquinas/John Deere e apoio do Agro Saber, Pipou Consultoria, Caule Criativo e Carandá Propaganda.

Agroligadas, quem são?

O movimento Agroligadas é composto por mulheres ligadas ao agro e tem o propósito de ser ponte entre o campo e a sociedade em geral, por meio de ações de Educação e Comunicação, promovendo e incentivando uma cultura positiva do agro, além de aprendizados, aproximação e conexões. Mais de 200 mulheres de todas as partes de Mato Grosso e também de fora do Estado fazem parte do movimento, que foi criado em 2018 e está sendo estruturado em núcleos de trabalho nas áreas de Comunicação, Educação, Capacitação, Eventos e Política.

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