Cadê o prefeito que estava aqui?
Essa é a pergunta que os cidadãos de Santo Antônio do Leverger se fazem desde segunda-feira (28), quando Valdir Ribeiro (PT) teve seu mandato cassado pelos vereadores do município, mas desapareceu e não pode ser notificado até este sábado (03). Antes, no entanto, ele exonerou todos os secretários e deixou a cidade sem ninguém para “dar as ordens”.
De acordo com o vereador Aldemar Genésio Galio (Pros), um dos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que cassou Valdir Ribeiro, os ônibus escolares já estão ficando sem combustível e a Prefeitura está sem nenhum comando. Ele foi procurado em casa, aonde não estava, e ninguém na cidade manifestou saber o paradeiro dele.
Caso o prefeito cassado continue “escondido”, somente após duas publicações em Diário Oficial sobre o decreto legislativo de cassação o vice Valdir Pereira Filho (DEM) poderá assumir. “A primeira publicação já está circulando por todo Mato Grosso. A segunda deve ser feita na segunda-feira. Mas nós estamos esperando que ele apareça de bom coração e receba a notificação”, afirmou Adelmar.
o prefeito cassado teria ignorando os requerimentos aprovados no Legislativo e, pela falta de satisfação ao Poder, acabou enfrentando a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que resultou na cassação.
A crise política no município teve início no começo deste ano, e se intensificou quando foi deflagrada a Operação Karcharias, da Polícia Civil, no dia 1º de setembro, que investigou fraudes em licitações e desvio de dinheiro público. As informações da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) ajudaram a embasar a CPI.
A CPI foi presidida pelo vereador Ugo Padilha (DEM) e relatada pelo vereador Marcelo Robson Queiroz (PDT). Membro da CPI, o vereador Sérgio Potrich (PR) foi um dos responsáveis por acionar a Defaz, que há poucas semanas realizou busca e apreensão na prefeitura e na casa de Valdir Ribeiro.
