Mato Grosso Saúde alerta para cuidados com a Hepatite

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Infectologista Pediátrica Isabel Lopes observa que, se não tratada, a hepatite pode evoluir para doenças graves como cirrose e câncer
Assessoria de Comunicação | Mato Grosso Saúde

Infectologista do Mato Grosso Saúde orienta e esclarece sobre a doença que é silenciosa. – Foto por: Divulgação

Neste dia 28 de julho, em que é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, o Mato Grosso Saúde faz um alerta sobre a importância da prevenção deste grave problema de saúde pública.
Segundo o Ministério da Saúde, mais de 500 mil pessoas no Brasil convivem com o vírus C da Hepatite e ainda não sabem, já que a doença é silenciosa e não apresenta sintomas até atingir uma maior gravidade.
“Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite”, observa Isabel Lopes, pediatra e infectologista responsável pelo setor de vacinas da Clínica Vida Diagnóstico e Saúde, parceira do Mato Grosso Saúde.
A médica explica que a hepatite é a inflamação do fígado. Segundo a infectologista, ela pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia.
Hepatite A
A hepatite A é uma doença contagiosa, causada pelo vírus A (HAV), também conhecida como “hepatite infecciosa”. Sua transmissão é fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Geralmente, não apresenta sintomas. Porém, os mais frequentes são: cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Quando surgem, costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção.
O diagnóstico da doença é realizado por exame de sangue. Após a confirmação, o profissional de saúde indicará o tratamento mais adequado, de acordo com a saúde do paciente. A doença é totalmente curável quando o portador segue corretamente todas as recomendações médicas. Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno. Causa insuficiência hepática aguda grave e pode ser fulminante em menos de 1% dos casos.
As melhores formas de evitar a doença são melhorando as condições de saneamento básico e de higiene e vacinando-se. A vacina está disponível para crianças entre 13 meses e 5 anos na rede pública e para maiores de 1 ano da rede privada, sem limite superior de idade.
Hepatite B
Causada pelo vírus B (HBV), é uma doença infecciosa e como o HBV está presente no sangue, no esperma e no leite materno, a hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível.
Evitar a doença é muito fácil. Basta tomar as três doses da vacina, usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings. A rede pública de saúde disponibiliza preservativos e orienta sobre o seu uso no Disque Saúde (136).
Além disso, toda mulher grávida precisa fazer o pré-natal e os exames para detectar a hepatites, a AIDS e a sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão de mãe para filho. Em caso positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas, inclusive sobre o tipo de parto e amamentação.
Para esta hepatite também existe vacina disponível, na rede pública e privada, e pode ser aplicada em qualquer idade. Para o esquema completo, são necessárias 3 doses da vacina.
Hepatite C
A hepatite C é causada pelo vírus C (HCV). Assim como o vírus causador da hepatite B, está presente no sangue. Entre as causas de transmissão estão transfusão de sangue; compartilhamento de material para uso de drogas, para higiene pessoal ou para confecção de tatuagem e colocação de piercings; da mãe infectada para o filho durante a gravidez (mais rara); sexo sem camisinha com uma pessoa infectada (mais rara).
A transmissão sexual do HCV entre parceiros heterossexuais é muito pouco frequente, principalmente nos casais monogâmicos; sendo assim, a hepatite C não é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Porém, entre homens que fazem sexo com homens (HSH) e na presença da infecção pelo HIV, a via sexual deve ser considerada para a transmissão do HCV.
Não existe vacina contra a hepatite C, mas evitar a doença só depende de cada pessoa adotar medidas preventivas como não compartilhar objetos durante uso de trocas, usar camisinha e também fazer tatuagem e colocar piercings em locais que seguem as normas sanitárias.

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