Justiça prorroga prisões temporárias de investigados na Operação Ciranda, em Porto Velho

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3ª Vara Federal da Seção Judiciária de Rondônia prorrogou prisões de seis investigados. Operação apura fraudes em licitações no transporte escolar fluvial. Operação Ciranda investiga organização criminosa que fraudou licitações no transporte escolar fluvial para atender alunos da rede municipal.
Polícia Federal/ Divulgação
A 3ª Vara Federal da Seção Judiciária de Rondônia prorrogou, na última sexta-feira (1), as prisões temporárias de seis investigados durante a Operação Ciranda, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na terça-feira (29), que apura fraudes em licitações no transporte escolar fluvial em Porto Velho.
De acordo com a Polícia Federal os investigados permanecerão sob custódia na Penitenciária de Médio Porte, conhecida como Pandinha, em Porto Velho, por mais cinco dias, para que seja finalizada a análise preliminar dos materiais apreendidos e para impedir que ocorra a destruição de provas.
As investigações continuam com as análises das mídias, celulares e documentos apreendidos na Semed, nas empresas envolvidas nas licitações fraudulentas e na residência dos investigados.
A PF também informou que dentre os 10 presos durante a Operação Ciranda, um deles foi posto em liberdade e três deles tiveram a medida convertida em prisão domiciliar.
Duas dessas prisões domiciliares foram garantidas por questões médicas e uma pelo fato da investigada possuir filhos menores de 12 anos. Eles estão sendo monitorados eletronicamente e impedidos de manterem contato com os demais investigados.
Já os suspeitos que moram em Manacapuru (AM), identificados na investigação como “laranjas”, foram colocados em liberdade por não existirem mais os motivos que levaram à decretação das prisões, segundo a PF.
Operação Ciranda
A operação foi deflagrada na terça-feira (29) para desarticular uma organização criminosa, formada por servidores da prefeitura de Porto Velho e empresários, suspeitos de fraudar licitações da Secretaria Municipal de Educação de Porto Velho (Semed), no que corresponde ao transporte escolar fluvial, e desviar recursos do Programa Nacional de Transporte Escolar (Pnate).
Foram presos temporariamente, o secretário da Semed, Marcos Aurélio Marques, o secretário adjunto da Semed, Erivaldo de Souza, empresários representantes da empresa de transporte fluvial e servidores públicos.
A defesa divulgou que o ex-secretário Marcos Aurélio Marques nega as acusações.
De acordo com a Polícia Federal, os prejuízos da organização criminosa aos cofres públicos passam de R$ 20 milhões.
Segundo a prefeitura de Porto Velho, o transporte escolar fluvial não será afetado com a prisão dos dois ex-secretários, pois uma pessoa foi direcionada para cuidar dos transporte dos alunos.