Juíza manda interditar silo em MT após trabalhador morrer triturado

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Ele foi sugado por uma máquina que deveria estar desligada, em Aripuanã.
Em caso de descumprimento, a usina terá de pagar multa diária de R$ 10 mil.

A Justiça determinou a interdição do silo de uma usina termelétrica na cidade de Aripuanã, a 976 km de Cuiabá, após a morte de um trabalhador de 27 anos. O acidente ocorreu no dia 21 do último mês e as investigações da Polícia Civil apontaram que o funcionário morreu quando teve que entrar no equipamento para fazer a manutenção. Ele foi sugado pela máquina e acabou sendo triturado.

A equipe de reportagem do G1 tentou falar com representantes da usina, mas não houve contato. A interdição foi concedida pela juíza Karina Rigato, titular da Vara do Trabalho de Colniza, após o laudo técnico constatar que, no momento do acidente, apenas aquela parte do equipamento estava desligado, mas a rosca ao lado permaneceu funcionando.

Segundo a denúncia do Ministério Público do Trabalho, a empresa teria descumprido as normas que regulam o trabalho em espaço confinado e manutenção de equipamentos, e que em tal situação o acidente era previsível. Como o problema ainda persiste, o MPT requereu a interdição do equipamento de abastecimento (silo pulmão).

A juíza ainda pondera que um dos mais elementares direitos dos trabalhadores é ter ambiente de trabalho seguro, direito assegurado pela Constituição. A decisão foi tomada pelo risco que o local continua oferecendo em causar novos acidentes.

O local deve permanecer interditado até que seja feita uma vistoria pelos técnicos do Ministério do Trabalho e Emprego ou pela perícia judicial. Caso a decisão seja descumprida, a usina terá de pagar multa diária de R$ 10 mil. Os outros trabalhadores devem continuar recebendo o salário, ainda que a usina interrompa o funcionamento por conta dessa interdição parcial.

G1 MT

 

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