Há 50 anos morria Marilyn Monroe, ícone eterno da sensualidade

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AFP

 
Ela era a imagem da loira fatal e, 50 anos após sua morte repentina, o debate sobre a revolução sexual de Marilyn Monroe ainda sobrevive.
Monroe não foi a primeira ‘pin-up’ de Hollywood ou mesmo uma loira natural.
Contudo, entre o famoso suéter vermelho apertado, as fotos da Playboy e o episódio do vestido esvoaçante sobre a ventilação do metrô de Nova York, a jovem, antes conhecida como Norma Jeane Baker, transtornou os Estados Unidos e o mundo.
Seus casamentos com celebridades e a fama, que ia muito além de sua modesta lista de participações no cinema, ajudaram a criar um símbolo sexual reverenciado por cantoras pop, atrizes e fashionistas até hoje.
“Marilyn Monroe alcançou uma aura”, disse Goetz Grossmann, produtora-executiva de um novo filme sobre a atriz chamado “Blonde” à AFP.
“Você não pode fugir de Marilyn Monroe. Ela atingiu um status icônico”.
Muito além de biografias, como a recente “Sete Dias com Marilyn”, Hollywood e a indústria da música e da moda continuam intoxicadas pela bela, encontrada morta aos 36 anos pelo uso abusivo de remédios.
A diretora criativa Joe Zee escreveu no website Elle.com que “a bombshell original” ainda é uma inspiração nas passarelas.
Celebridades como Taylor Swift e Scarlett Johansson são conhecidas por explorar os cachos loiros e vestidos brancos que ajudaram a fazer de Monroe um ‘sex symbol’.
A atriz Megan Fox fez uma tatuagem –mais tarde removida– do rosto de Marilyn em seu antebraço.
Lindsay Lohan tem uma obsessão pela musa, notada mais uma vez em seu ensaio na Playboy, em que reproduz o nu de Monroe em 1953 na primeira edição da revista de Hugh Hefner.
“Eu me identifico”, disse a conturbada atriz no ano passado.
O contundente poder de atração de Marilyn pode parecer estranho. Embora seu trabalho em “Quanto Mais Quente Melhor” e em muitos outros filmes tenha sido marcante, sua participação em Hollywood foi curta e sua história é conhecida pelo sofrimento e morte.
Mesmo por trás de seu passado e do ‘sex appeal’, ainda há uma questão: a personalidade sedutora de Marilyn foi uma prova de independência, ou o reflexo de uma mulher manipulada pelos homens?
Lois Banner, autor da biografia recém-publicada “Marilyn: The Passion and the Paradox,” diz que não há dúvidas de que ela era a verdadeira dona de seu corpo.
“Ela criou sua carreira”, explicou Banner em uma entrevista por telefone. “Ela era extremamente esperta. Sabia muito bem o que estava fazendo… Os jornais queriam uma loira fatal e foi o que ela fez”.
Segundo Banner, que levou 10 anos investigando os poucos aspectos ainda sombrios sobre a vida de Marilyn Monroe, a atriz sabia que entrava em um jogo perigoso, e perdeu o controle apenas no fim, quando começou a andar com os Kennedy e Frank Sinatra.
“Ela dormia com homens para chegar ao topo. Eles a usaram? Sim. Ela os usou? Sim. Ela mostrava seu corpo porque queria manter o controle sobre os homens”, explicou.
Já Rosanna Hertz, professora de Sociologia na Wellesley College, afirma que Marilyn não era nenhuma heroína do poder feminino.
“Quando a sexualidade é comercializada, minha pergunta é: ‘Quem controla isso?'”, declarou Hertz.
A vida de Monroe pode ser um aviso para aquelas que esperam que o seu poder de sedução traga riqueza e glamour.
“É preciso trabalhar duro para ser uma ‘mulher troféu'”, disse Hertz.
“É algo que muitas mulheres mais jovens tentam simular. (O programa de TV) ‘Bachelorette’ é sobre isso. Não acho que garotas que buscam isso sabem o quanto é difícil: descobrir quem são os homens ricos, ir atrás deles”, acrescentou.
Muitas tentaram imitar Marilyn Monroe, mas apenas uma se aproximou –e até mesmo melhorou– de sua fórmula de sexualidade e estrelato: a diva Madonna.
Ela também é uma morena que inventou um novo nome, se tornou loira, e lançou uma carreira que seria sinônimo de uma chocante segurança com sua sexualidade.
Entretanto, independentemente de suas semelhanças, Madonna é forte onde Marilyn era vulnerável e foi essa diferença crucial permitiu que ela se mantivesse ativa.
Madonna “está sempre sob controle”, afirmou Grossman.

 

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