Governo de MT decreta emergência no Samu e mais 7 unidades

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Do: G1 MT

Medida visa garantir o atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde


*O Samu também teve estado de emergência decretado pelo Governo

 

 

O governador Mauro Mendes (DEM) decretou estado de emergência administrativa, pelo prazo de 180 dias, em oito unidades de saúde ao alegar dívidas acumuladas com os fornecedores e falta de interesse das empresas em participar das licitações por medo de não receber pelos serviços prestados. O decreto foi publicado no Diário Oficial que circula nesta quinta-feira (21).

 

Foi decretada situação de emergência nas seguintes unidades: Centro Integrado de Assistência Psicossocial Adauto Botelho, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Superintendência de Assistência Farmacêutica (SAF), MT Hemocentro, Cridac, Cermac,Lacen, Superintendência de Obras da Secretaria Estadual de Saúde.

 

Além disso, o governo prorrogou por mais 180 dias o decreto de estado de emergência no Hospital Metropolitano de Várzea Grande, hospitais regionais de Sorriso, Alta Floresta, Colíder, Rondonópolis, Cáceres e Sinop.

 

O decreto de emergência permite que haja a manutenção dos contratos já vigentes de pessoal, de fornecimento de materiais e de tudo o que for necessário para a adequada prestação dos serviços de saúde pelo estado.

 

Também garante a prioridade no acesso a recursos financeiros, de fontes orçamentárias e extraorçamentárias, inclusive os decorrentes de doações e de ressarcimentos ao erário.

 

O governo justifica que houve o descumprimento de metas e obrigações pactuadas no modelo de gestão por Organizações Sociais (OSs) adotado no passado pelo estado para gestão dos hospitais regionais.

 

Durante os 180 dias, os hospitais deverão encerrar todos os processos administrativos em curso que têm relação com os contratos de gestão firmados com as organizações sociais que tinham contrato de gestão das unidades citadas.

 

Vantagens em decretar situação de emergência:

 

Adotar medidas administrativas necessárias à continuidade dos serviços prestados pelas unidades;

 

Manter os contratos de servidores, fornecedores de materiais e prorrogar os contratos já extintos enquanto vigorar o decreto;

 

Fazer novas contratações de fornecimento de materiais;

 

Realizar processos licitatórios para a aquisição de serviços e produtos no âmbito da Secretaria Estadual de Saúde;

 

Contratar temporariamente servidores para garantir a gestão dos hospitais regionais;

 

Remanejar recurso de outros setores para a saúde;

 

Ter prioridade na obtenção de verbas de fontes orçamentárias e extraorçamentárias, inclusive os decorrentes de doações e de ressarcimentos ao erário.

 

Calamidade financeira

 

O governador Mauro Mendes (DEM) decretou estado de calamidade financeira duas semanas após assumir o cargo.

 

À época, ele afirmou que a medida seria necessária por causa de dívidas deixadas pela administração anterior, estimadas em R$ 4 bilhões, e despesas acima da arrecadação prevista para este ano. A estimativa de déficit seria de R$ 1,7 bilhão.

 

A intenção, segundo o governo, seria equilibrar as contas do estado, que deve aos fornecedores, prestadores de serviços, o que afeta, principalmente as áreas de segurança. Além disso, não tem pago o salário dos servidores em dia.

 

Com o decreto, o Poder Executivo pode adotar medidas para a redução de despesas em todas as áreas – o foco está na parte de folha de pagamento de pessoal.