Google adia mudança no Chrome que impedia sites com games e apps de executarem sons

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Atualização do navegador restringia implantação de tocadores automáticos de vídeo, mas acabou prejudicando outras aplicações. Chrome, navegador do Google.
Divulgação/Google
O Google adiou parte de uma atualização do Chrome lançada para impedir que sites usassem reprodutores automáticos de vídeo de forma indiscriminada, mas acabou prejudicando o funcionamento de páginas na internet antigas que possuíam aplicativos ou games.
“Nós estamos fazendo isso para dar aos desenvolvedores que usam o pacote de criação de áudio para web mais tempo para que atualizem seus códigos”, afirmou John Pallett, um dos gerentes de produto para o Chrome, em nota divulgada a desenvolvedores nesta terça-feira (15).
A mudança no navegador, chamada de Chrome 66, foi liberada em abril. O intuito era restringir as formas com que desenvolvedores incluíam em seus sites tocadores automáticos de vídeo — aqueles que funcionam sem qualquer ação dos internautas.
Ainda que visasse reduzir um dos elementos mais irritantes da internet, a iniciativa acabou quebrando uma série de aplicativos, peças interativas e jogos incluídos em páginas da internet. Apesar de esses elementos não executarem vídeos ou áudios de forma imediata, tiveram sua capacidade de reproduzir áudio comprometida.
O problema foi amplificado porque o navegador é o mais usado no mundo. Em abril, 57,4% dos usuários que acessaram a internet por computador e celular o fizeram por meio do Chrome.
Segundo Pallett, a parte da atualização do Chrome que impedia a execução automática de vídeos só entrará em ação em outubro. Mesmo depois do adiamento, alguns desenvolvedores continuaram insatisfeitos.
“Apenas postergando o funcionamento dessa política não resolve qualquer uma das maiores preocupações que foram levantadas. Em outubro, qualquer software existente que use formatos de sons não mais suportados serão quebrados”, afirmou o desenvolvedor Benji Kay.
“Além disso, essas mudanças não possuem o espírito da internet livre e aberta, já que o Google controla a fórmula que decide quais sites serão afetados e quais não serão.”