Do: RDNews
Pelo menos R$ 21 milhões em cheques e notas promissórias, R$ 400 mil em ouro, além de mais de R$ 43 mil em dinheiro, foram apreendidos durante a Operação Caporegime, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), na quarta (6), em Cuiabá. O grupo é comparado à máfia italiana e agia no Norte já há mais de 10 anos.
Oito pessoas foram presas suspeitas de integrarem organização criminosa que atua no ramo de agiotagem. Pesam contra os envolvidos suspeitas de práticas de diversos crimes, como tentativa de homicídio, extorsão e outros.
Na operação, foram presos preventivamente João Claudinei Favato, Luis Lima de Souza, Edson Joaquim Luis da Silva, Luan Correia da Silva e Purcino Barroso Braga Neto. Já os mandados de prisão temporária foram cumpridos contra José Paulino Favato, Caio Cesar Lopes Favato e Clodomar Massoti.
Investigações apontam que o grupo vem atuando no interior do Estado há aproximadamente 10 anos. Os líderes da organização seriam João Claudinei Favato, seu filho, Caio Cesar Lopes Favato, e o irmão, José Paulino Favato. Os demais são suspeitos de integrarem a “célula” de cobrança.
Até o momento, o Gaeco já identificou sete vítimas. O caso chegou ao conhecimento do grupo em agosto de 2016. Durante as investigações, foi constatado que as vítimas pegavam dinheiro emprestado e pagavam juros de 4 a 5% ao mês. Na maioria das vezes, acabavam não conseguindo honrar os compromissos e eram obrigadas a transferir bens de valores bem superiores aos da dívida contraída.
O Gaeco investiga ainda suspeitas de lavagem de capitais, entre outros crimes. Durante a operação, foram cumpridas 23 ordens judiciais, entre mandados de prisão e busca e apreensão. Todos eles foram expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá e foram cumpridos nas comarcas de Sinop, Peixoto de Azevedo, Guarantã do Norte, Marcelândia e Alta Floresta.
