FGV-SP deve usar Enem para preencher metade das vagas em 2017

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Fundação oferece 200 vagas no curso de administração de empresas e 50 vagas para administração pública

*Outras instituições tradicionais, como a USP, utilizam a nota do Enem para seleção em cursos de gradução(Arquivo/VEJA)
*Outras instituições tradicionais, como a USP, utilizam a nota do Enem para seleção em cursos de gradução(Arquivo/VEJA)

A Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV/EASP) deverá, aos poucos, substituir o vestibular próprio por uma seleção feita com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em 2017, o ingresso de metade dos alunos na principal escola privada de administração do país deve ser feita por meio do exame, em conjunto com uma entrevista com os melhores colocados.
A FGV-SP reserva algumas vagas para o exame desde 2014 – os alunos podem escolher fazer o vestibular tradicional ou tentar uma das 15 vagas reservadas para o Enem, em administração. No próximo ano, o número deve aumentar, uma das estratégias da instituição para diversificar o perfil dos estudantes, com mais alunos vindos de fora de São Paulo, de escolas públicas e negros. “No nosso entendimento, o Enem poderá, no futuro, substituir todos os processos seletivos da FGV”, afirmou o pró-reitor da fundação, Antonio Freitas, em comunicado enviado ao site de VEJA.
Todos os anos, o vestibular dessa faculdade oferece 200 vagas no curso de administração de empresas e 50 vagas para administração pública. O edital com as regras para o ingresso está sendo elaborado e deve ser divulgado nos próximos meses pela FGV-SP.
Seleção via Enem – Outras universidades tradicionais do país já optaram por utilizar o Enem como forma de ingresso para seus cursos de graduação. No Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) de São Paulo, uma das faculdades consideradas de ponta pelos especialistas, os candidatos que participam do Enem e obtém pontuação média acima dos 650 pontos podem usar a nota para a seleção dos cursos de administração, economia e engenharia. Eles também têm isenção da taxa de inscrição, que para o vestibular próprio da Insper em 2015 custou 200 reais. Este ano, estão reservadas para seleção via Enem 10 e 5 vagas nas graduações de administração e ciências econômicas, respectivamente. A inscrição pode ser feita no site da Insper até 14 de junho.
A Universidade de São Paulo (USP) também começou a utilizar o exame como alternativa ao seu tradicional vestibular, a Fuvest. Do total de 11.057 vagas oferecidas na Fuvest 2015, 1.499 foram destinadas ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Ministério da Educação, que leva em conta o desempenho dos alunos no Enem. As oportunidades eram para alunos de escolas públicas e para os estudantes que se declaravam pretos, pardos ou indígenas. Para isso, a USP adotou notas mínimas por área de prova. No total, 140 carreiras na instituição foram contempladas. Dessas, cinco exigiam nota mínima de 650 nas provas de Ciências Humanas, Ciências Naturais, Matemática, Linguagens e Redação. Outros 11 cursos exigiam 700 pontos. No fim de janeiro, o balanço parcial da universidade mostrou que uma em quatro vagas reservadas para ingresso via Enem na USP não foi preenchida porque os candidatos não atingiram a nota mínima.

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