Empresa de MT desviou quase R$ 2 milhões do BB; polícia procura advogado e apreende SW4

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Foto: Bruno Santos/Folhapress

 

 

Um funcionário de uma empresa de assessoria de cobrança de Rondonópolis (215 quilômetros), responsável por desviar quase R$ 2 milhões do Banco do Brasil, foi a pessoa presa, na manhã desta quinta-feira (09), durante a ‘Operação Crédito Desviado’. Além disto, as autoridades também buscam um advogado, que teve o mandado de prisão expedido pela Justiça. Entre os veículos apreendidos está uma SW4.

A operação foi deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal naquele Estado, Mato Grosso e outras seis unidades da federação, para prender suspeitos investigados no desvio de R$ 26 milhões do Banco do Brasil, entre os anos de 2017 e 2018. As investigações são da Coordenação de Combate a Corrupção e Combate ao Crime Organizado (Cecor).

Na cidade de Rondonópolis, uma equipe da Polícia Civil de Brasília, coordenada pelo delegado Marcelo Guerra, com apoio de policiais da Delegacia de Roubos e Furtos e do Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra) da Polícia Civil de Mato Grosso, cumpriram três mandados de busca e apreensão e efetuaram a prisão do funcionário de uma empresa de assessoria de cobrança. Um advogado, ligado a essa empresa, também teve o mandado de prisão, mas não foi localizado e é considerado foragido.

O delegado de Brasília, Marcelo Guerra, informou que a empresa de assessoria de cobrança de Rondonópolis desviou mais de R$ 1,9 milhão do Banco do Brasil, entre os anos de 2017 e 2018, por meio da manipulação do sistema do banco.

Nas buscas, foram apreendidos três veículos, sendo uma caminhonete SW4, um Corola e automóvel Polo. Os mandados foram cumpridos em duas residências e na empresa de assessoria de cobrança.

Foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão temporária, expedidos em desfavor de funcionários do Banco do Brasil e empresários vinculados a empresas de cobranças e dívidas da instituição financeira. Os mandados foram cumpridos no Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Rio de Janeiro. As ações resultaram na prisão de 15 pessoas envolvidas no esquema de desvio de valores. Dois acusados ainda continuam foragidos.

De acordo com as investigações, nos anos de 2017 e 2018, o grupo investigado subtraiu do Banco do Brasil mais de R$ 26 milhões. Os envolvidos são investigados pelos crimes de organização criminosa — com aumento de pena em virtude da participação de funcionário público —, peculato e lavagem de dinheiro. Segundo o coordenador da Corf, R$ 15 milhões desviados do Banco do Brasil já foram bloqueados pela Justiça e deverão ser restituídos à instituição bancária.

Segundo o delegado Wenderson Teles, responsável pelas investigações, dois funcionários do banco, que atuavam diretamente na movimentação de valores altos e comissões destinadas às empresas de cobrança, aproveitavam-se dos cargos executivos e das transações de pagamento manuais para aumentar o valor das comissões dos empresários em troca de reembolsos ilegais.