Desemprego atinge 10,9% da população brasileira, calcula IBGE

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A população desocupada chegou a 11,1 milhões de pessoas, um aumento de 22% no trimestre

*O desemprego cresceu cerca de 22,2% em apenas um trimestre
*O desemprego cresceu cerca de 22,2% em apenas um trimestre

A taxa de desocupação atingiu 10,9% no trimestre encerrado em março, resultado 1,9 ponto percentual acima da taxa de 9% do trimestre fechado em dezembro de 2015 e 3 pontos percentuais a mais que no mesmo trimestre de 2015, quando o desemprego estava em 7,9%.

Esta é a maior taxa de desemprego da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua) iniciada em 2012.

Os dados foram divulgados hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população desocupada chegou a 11,1 milhões de pessoas, aumentando 22,2% (2 milhões de pessoas), em relação ao número de desempregados do período imediatamente anterior (outubro a dezembro de 2015).

No confronto com igual trimestre do ano passado, o número de desemprego subiu 39,8%, o que significa um aumento de 3,2 milhões de pessoas desocupadas.

Os dados do IBGE indicam que, no trimestre encerrado em março último, a população ocupada do país estava em 90,6 milhões de pessoas, apresentando uma redução de 1,7%, quando comparada com o trimestre de outubro a dezembro de 2015. Em comparação com igual trimestre do ano passado, houve queda de 1,5% na população ocupada, representando menos 1,4 milhão de pessoas.

Os indicadores da Pnad Contínua são calculados para trimestres móveis, utilizando-se as informações dos últimos três meses consecutivos da pesquisa. A taxa do trimestre móvel terminado em março de 2016 foi calculada a partir das informações coletadas em janeiro/2016, fevereiro/2016 e março/2016.

Nas informações utilizadas para o cálculo dos indicadores para os trimestres móveis encerrados em fevereiro e março, por exemplo, existe um percentual de repetição de dados em torno de 66%. Essa repetição só deixa de existir após um intervalo de dois trimestres móveis.

O número de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada caiu 2,2% frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2015 e de 4,0% na comparação com igual trimestre do ano passado.

A categoria das pessoas que trabalharam por conta própria registrou aumento de 1,2% em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2015, o que significou um incremento de 274 mil pessoas neste contingente.

Na comparação com o trimestre de janeiro a março de 2015, constatou-se um aumento de 6,5%, o que representou um acréscimo de 1,4 milhão de pessoas. A participação dos empregadores apresentou uma redução de 5,8% em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2015 e, em relação ao trimestre de janeiro a março de 2015, a redução foi de 8,6%.

Na análise do contingente de ocupados por grupamentos de atividade, em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2015, ocorreu retração de 5,2% na indústria geral (-645 mil pessoas), de 4,8% na construção (-380 mil pessoas), de 1,9% na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-299 mil pessoas) e de 1,6% no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-280 mil pessoas). Nos demais grupamentos de atividade não houve variação estatisticamente significativa.

Frente ao trimestre de janeiro a março de 2015, houve aumento em transporte, armazenagem e correio, 4,3% (184 mil pessoas); serviços domésticos, 4,3% (258 mil pessoas); alojamento e alimentação, 4,0% (173 mil pessoas); e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, 2,4% (358 mil pessoas).

Nos grupamentos da indústria geral e da informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, verificou-se queda de 11,5% (-1,5 milhão de pessoas) e de 6,3% (-656 mil pessoas), respectivamente. Nos demais grupamentos ocorreu estabilidade.

O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimado em R$ 1.966, registrando estabilidade frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2015 (R$ 1.961) e queda de 3,2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado (R$ 2.031).

Na comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2015, apenas os trabalhadores domésticos apresentaram aumento no rendimento médio (2,3%) e as demais categorias não tiveram variação significativa em seus rendimentos.

Em relação ao trimestre de janeiro a março de 2015, na categoria dos trabalhadores por conta própria verificou-se redução de 3,9% no rendimento médio. As demais categorias de posição na ocupação apresentaram estabilidade em seus rendimentos.

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