Com dívida de R$ 15 mi, MT Saúde não tem previsão para se normalizar

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Olhar Direto

 

Com dívida de R$ 15 milhões, o MT Saúde vive uma situação delicada e sem previsão para retomar o atendimento em sua totalidade, pois os hospitais credenciados estão sem receber os repasses das verbas estaduais.
Do montante da dívida de R$ 15 milhões, R$ 9 milhões correspondem ao pagamento do mês de junho, que ainda não foi efetuado. Os outros R$ 6 milhões em débito são relativos a uma parcela de repasse aos hospitais credenciados, de acordo com fontes da Casa Civil.

Ao término do mês de julho, vence outro pagamento de R$ 9 milhões, o que engordará ainda mais a dívida, que deve chegar a R$ 24 milhões. Ainda não há previsão para a retomada dos pagamentos, revelam fontes ligadas ao setor.

Além disso, cerca de 5 mil usuários deixaram de contribuir com o programa, o que o deixa em situação mais delicada ainda.

Outro lado

De acordo com a Secretaria de Administração, que mantém o MT Saúde, não existem atrasos nos repasses do plano. A dívida de R$ 39 milhões com os hospitais foi parcelada e está sendo paga, garante a SAD. “Se houve um atraso, foi de uns 10 dias, mas essa dívida não vai aumentar”, afirmou a assessoria da secretaria.

Corrupção no MT Saúde

Conforme o Olhar Direto noticiou em primeira mão, o Ministério Público de Mato Grosso (MPE) abriu um inquérito civil (sob número 002714-023/2011) para apurar denúncias de desvio de recursos e cobranças de propina de empresas prestadoras de serviço ao plano de saúde dos servidores públicos, o MT Saúde.

A suspeita é de formação de um caixa dois, responsável por prejuízos e lesões aos cofres públicos estaduais em mais de R$ 3 milhões e que pode ser um dos motivos para a situação de penúria da instituição.

A denúncia foi feita ao promotor de justiça Roberto Turim no dia 30 de março de 2012. No inquérito, o representante do MPE questiona os empresários Sidney Storch Dutra e Nirlei Storch Dutra, sócios minoritários da empresa Bom Samaritano, a respeito das denúncias de cobrança de propina, alterações contratuais e reuniões com os mentores do esquema.

O MP investiga ainda empresas prestadoras de serviço para a Bom Samaritano, especialmente as que mantiveram contratos para pagamento de servidores de limpeza e copa, considerados suspeitos de improbidade.

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