Ebola deixa pelo menos 3 700 crianças órfãs na África ocidental

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AFP
De acordo com comunicado da Unicef, número de órfãos pode dobrar até meados de outubro

*Os médicos Edward Goodman, do Hospital Presbiteriano de Dallas, e Mark Lester, chefe de pesquisas em saúde do Texas, durante coletiva de imprensa na qual anunciaram o primeiro caso de ebola diagnosticado nos Estados Unidos - Mike Stone/AFP
*Os médicos Edward Goodman, do Hospital Presbiteriano de Dallas, e Mark Lester, chefe de pesquisas em saúde do Texas, durante coletiva de imprensa na qual anunciaram o primeiro caso de ebola diagnosticado nos Estados Unidos – Mike Stone/AFP

Pelo menos 3 700 crianças da Guiné, Serra Leoa e Libéria perderam um ou os dois pais por causa da epidemia de ebola, informou nesta terça-feira o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
“Essas crianças precisam urgentemente de atenção e apoio, sobretudo porque muitas delas se sentem indesejadas, para não dizer abandonadas”, disse Manuel Fontaire, diretor regional da agência da ONU na África ocidental e central, após voltar de uma missão de duas semanas nos três países mais afetados pela epidemia.
De acordo com Fontaire, os órfãos normalmente são acolhidos por um parente, mas, em alguns povoados, o medo do vírus é maior que os vínculos familiares. “O ebola transforma uma reação humana fundamental, como confortar uma criança, em sentença de morte.”
A Unicef destacou que o número de crianças que perdeu pelo menos um dos pais na epidemia pode dobrar até meados de outubro e afirmou que só recebeu até agora 25% dos 200 milhões de dólares que considera necessários para sua missão nos países afetados.

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