China nega que tenha oferecido pacote de US$ 200 bi para reduzir déficit comercial dos EUA

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Vice-primeiro-ministro chinês está em Washington nesta semana para retomar negociações com os EUA com o objetivo de evitar uma guerra comercial. Presidente da China, Xi Jinping, e presidente dos EUA, Donald Trump, se cumprimentam em imagem de novembro de 2017.
Damir Sagolj/Reuters
A China negou nesta sexta-feira (18) que tenha oferecido um pacote para reduzir o déficit comercial dos EUA em até US$ 200 bilhões, horas depois de ter desistido de uma investigação antidumping sobre as importações de sorgo norte-americanas em um gesto conciliatório no momento em que os principais negociadores se encontram em Washington.
Autoridades dos EUA disseram na quinta-feira que a China estava propondo concessões comerciais e aumento das compras de bens norte-americanos com o objetivo de reduzir o déficit comercial dos EUA com a China em até 200 bilhões de dólares por ano.
“Esse rumor não é verdade. Isso eu posso confirmar para vocês”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lu Kang, em entrevista à imprensa.
“No meu entender, as consultas relevantes estão em andamento e elas são construtivas”, disse ele, acrescentando que não poderia dar mais detalhes sobre as negociações.
O vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, está em Washington nesta semana para discussões com autoridades dos EUA lideradas pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, com o objetivo de evitar uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Nesta sexta-feira, a China anunciou que estava encerrando sua investigação sobre sorgo, o que efetivamente suspendeu um comércio no valor de cerca de US$ 1,1 bilhão no ano passado e afetou os mercados globais de grãos e provocou preocupações sobre o aumento dos custos internamente.
OS EUA são a fonte dominante da China de sorgo importado. Ao explicar o fim da investigação, o Ministério do Comércio chinês disse que ela “teria um impacto generalizado sobre os custos de vida dos consumidores, e não está de acordo com o interesse público”.