China: Canon e Panasonic fecham fábricas após protestos

320 0

Ag. Estado

 

Empresas japonesas suspenderam operações depois que unidades foram depredadas em manifestações motivadas por disputa territorial por ilhas
As empresas japonesas Canon e Panasonic decidiram nesta segunda-feira fechar temporariamente algumas fábricas na China, como medida de segurança tendo em vista violentas manifestações no país contra o Japão ocorridas neste final de semana. Motivados pela crescente tensão entre os dois países a respeito da disputa territorial sobre um grupo de ilhas – chamadas Senkaku pelos japoneses e Diaoyu pelos chineses –, os protestos danificaram instalações em unidades da Panasonic nas províncias de Shandong e Jiangsu, no último sábado.

Com objetivo de garantir a segurança de funcionários, a empresa suspendeu as operações em três fábricas, duas delas atingidas pelos manifestantes. Já a Canon, mesmo sem registrar danos em nenhuma de suas instalações na China, também decidiu fechar temporariamente, por dois dias, três de suas quatro principais fábricas no país, onde são produzidos câmeras, fotocopiadoras e impressoras.
A suspensão é uma medida de precaução para garantir a segurança dos trabalhadores da companhia – japoneses e chineses –, informou um porta-voz da empresa. A Panasonic teve janelas de sua fábrica quebradas, alguns equipamentos danificados e houve um princípio de incêndio em uma unidade com sede em Pequim. A fabricante japonesa de eletrônicos ainda avalia quanto tempo levará para retomar as operações.

Conflito – A decisão da Canon e da Panasonic ocorre em meio a uma onda protestos antijaponses na China, que começaram dias depois de o Japão anunciar a compra de três das ilhas do arquipélago Senkaku (Diaoyu na China), cuja soberania é disputada também por Taiawn. China e Japão são os principais interessados nas ilhas, inabitadas mas ricas em recursos naturais.  
Desde a última quinta-feira, seis navios de reconhecimento chineses patrulham as águas territoriais das Senkaku, ignorando avisos de autoridades japonesas. Um comunicado do governo chinês justificou o envio das embarcações como medida para “demonstrar a jurisdição da China sobre as ilhas Diaoyu e suas ilhotas adjuntas e garantir os interesses marítimos do país”.
O governo japonês, por sua vez, respondeu à presença dos barcos na região, afirmando que “tomará todas as medidas possíveis para assegurar a segurança” nas ilhas, declarou o primeiro-ministro Yoshihiko Noda. O conflito territorial em torno das ilhas é um constante foco de rivalidade nas relações entre as duas nações. A administração das ilhas foi transferida pelos Estados Unidos ao Japão em 1971.

 

Leave a comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *