BNDES retoma estudo de financiamento para continuar a duplicação da BR-163

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Mato-grossense, Paulo Rabello de Castro se reuniu com o
senador Wellington Fagundes e tratou de vários projetos de infraestrutura

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai priorizar os estudos para liberação de financiamento de longo prazo para serem investidos na duplicação da BR-163. As obras no trecho de responsabilidade da concessionária Rota do Oeste encontram-se paralisadas. A notícia do desembaraço do empréstimo foi dada pelo novo presidente do banco, Paulo Rabello de Castro, nesta quarta-feira, 7, durante reunião com o senador Wellington Fagundes (PR-MT), no Senado Federal.
“A conclusão da BR-163 é um compromisso nacional. Na verdade, é “o” compromisso do Brasil. Como presidente do BNDES, essa é uma questão que vamos tratar com toda a diligência possível. A pedido do senador Wellington Fagundes vamos priorizar esse assunto” – disse.
O empréstimo pelo BNDES foi um compromisso firmado pelo Governo Federal na época do leilão para concessão da rodovia, em uma extensão de 800 quilômetros, ligando a divisa de Mato Grosso do Sul até Sinop, no Norte de Mato Grosso. Na reunião, o senador republicano explicou que dos 800 quilômetros, 400 ficaram a cargo da concessionária. O restante seria de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Implantada a concessão, Wellington relatou ao presidente do BNDES que a vencedora da concorrência chegou a trabalhar com mais de mil máquinas na duplicação do trecho entre Rondonópolis e a divisa com Mato Grosso do Sul. A empresa avançou em percentual acima do que havia sido determinado no cronograma da contratação e instalou as praças de pedágios.
Todavia, sem o financiamento pelo BNDES as obras de duplicação acabaram sendo paralisadas.  Atualmente, a concessionária vem executando – de forma precária – apenas manutenção e reparos na rodovia.
O empréstimo de longo prazo, na ordem de R$ 1,4 bilhão, chegou a ser aprovado pelo banco, mas nunca liberado.  Outras concessionárias, como a CCR, que venceu a licitação para duplicar a BR-163 no Estado de Mato Grosso do Sul, também foi obrigada a paralisar as obras por falta de financiamentos pelo BNDES.  De acordo com a Agência Nacional Transportes Terrestres (ANTT), a concessão da BR-163 é uma das mais atrativas entre todas.
“A duplicação dessa rodovia era um grande sonho do povo de Mato Grosso. Seja pela questão do desenvolvimento por causa da expressiva produção de grãos, seja pela quantidade de veículos pesados que usam a BR para escoamento da produção – o que gera muitos acidentes frontais. Vivemos hoje esse risco que é um pesadelo” – disse o senador, ao apelar para que o BNDES atue na definição para que haja continuidade das obras.
A concessão da BR-163 prevê investimentos de R$ 6,8 bilhões ao longo dos 30 anos, sendo R$ 3,9 bilhões aplicados nos cinco primeiros anos. Além da duplicação, estavam previstos trabalhos de recuperação, conservação, manutenção, implantação de melhorias, serviços de operações e atendimento aos usuários. O primeiro trecho duplicado foi de 117,6 quilômetros, entregue em março de 2016.  Além disso, também recuperou-se 28 quilômetros da Rodovia dos Imigrantes (BR-070), o chamado “Contorno Sul” de Cuiabá e Várzea Grande.
RECURSOS PARA INFRAESTRUTURA – O senador Wellington Fagundes também se reuniu pela manhã na Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) para tratar da liberação de R$ 30 milhões para obras de infraestrutura urbana em Mato Grosso. O superintendente Antônio Carlos Nantes assegurou que a liberação dos valores depende apenas do desbloqueio por parte do Ministério do Planejamento e Gestão. Na terça-feira, Fagundes se reuniu com o ministro Dyogo de Oliveira.
“Mato Grosso é um Estado que tem necessidade de infraestrutura em todos os níveis. Especialmente porque dá rápidas respostas para os investimentos que são realizados, em forma de geração de oportunidade, renda e emprego da mão de obra” – ressaltou o republicano.

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