Azul e Trip devem unir-se e vôos para Mato Grosso deve sofrer alterações

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A Azul e a Trip Linhas Aéreas confirmaram nesta segunda-feira, em entrevista coletiva, o início do processo de fusão entre as duas companhias, que resultará na criação da Azul Trip S.A. As duas empresas juntas possuem 14,23% da demanda domestica. A fatia da Azul no mês de abril foi de 9,94% e da Trip, de 4,29%. A junção das duas empresas cria uma “terceira força” na aviação comercial brasileira, já que TAM e Gol abocanham cerca de 35% do mercado cada uma.

Da nova companhia, os acionistas da Azul terão 67% e os acionistas da Trip deterão os 33% restantes, informa reportagem do site do Valor Econômico. Não haverá desembolso de dinheiro entre os acionistas ou injeção de recursos novos na companhia.

“A Azul Trip nasce com 112 aeronaves, 837 voos por dia e operação em 96 cidades brasileiras”, afirmou o presidente do conselho de administração da Trip, Renan Chieppe.

As duas companhias deverão receber mais dez aviões até o fim deste ano. No total, serão 122 aeronaves.

Reflexos para Mato Grosso

A união das duas empresas joga um balde de água fria nos planos do empresariado do Nortão do Estado, que visualizava uma possível queda nos preços das passagens aéreas entre Sinop e Cuiabá com a propagada entrada da Azul na região – que estava prevista para o segundo semestre.

Os empresários reclamam que os bilhetes da Trip estão muito caros e queriam uma nova companhia para gerar concorrência e derrubar os valores das tarifas. A Trip cobra até R$ 600 por um bilhete comprado de última hora. Mesmo nas compras antecipadas, a passagem também fica salgada, girando na casa dos R$ 300.

Estudo de sobreposição de voos

O que corrobora o pessimismo do empresariado do Norte de Mato Grosso – de que a Azul não vai mais entrar na região – é o anúncio do presidente-executivo da Azul, Pedro Janot. Segundo ele, do total de cidades em que as duas companhias operam, em cerca de 15% há sobreposição de voos e haverá um amplo estudo de otimização de malha aérea.

 

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