O projeto de inclusão social por meio da música avança pelo Estado e ao todo 200 crianças começam a estudar música gratuitamente em Campo Verde. No ano que vem, mais crianças devem ser atendidas
Uma nova perspectiva se abre a 200 alunos – entre crianças e jovens – que vivem em Campo Verde (a 138 km de Cuiabá) a partir deste sábado (31). É quando a equipe de professores capacitados pela tecnologia de ensino Ciranda realiza a aula inaugural do mais novo pólo de educação musical. Na bagagem, expectativas e esperanças de difundir ainda mais a música de concerto no Estado, e trabalhar, especialmente, por novos talentos.
De acordo com o coordenador pedagógico do Instituto Ciranda em Campo Verde, Fernando Pereira, chega ao município neste final de semana, uma equipe de professores que contempla todos os naipes de orquestra para que cada um dos instrumentos seja apresentado e o trabalho comece a ser desenvolvido levando em consideração o perfil de cada aluno.
“Individualmente vamos direcioná-los para o universo da orquestra”, explica. “Esse momento é muito importante porque condiz com a ideologia do Ciranda, que se dedica ao desenvolvimento da educação musical. Levar a tecnologia de ensino para outro município nos deixa ainda mais esperançosos por mais uma etapa conquistada”, avalia.
O prefeito de Campo Verde, Fábio Schroeter vê a ocasião como um momento transformador, um divisor de águas. “O projeto será uma porta aberta para a vida profissional do adolescente que poderá tanto seguir a carreira acadêmica quanto ser um instrumentista. É importante ressaltar a atenção do Instituto Ciranda que abraçou este desafio conosco, acreditamos na seriedade destes parceiros. Uma nova porta vai se abrir para que nossas crianças despontem em nível nacional”, diz o 
prefeito.
Tanto a Prefeitura, quanto a Coordenadoria de Cultura do município tem certezas quanto à promoção da cidadania e a inclusão social por meio da música, possibilitadas pelo novo pólo. “E também a sociedade tem uma percepção clara da extensão do impacto do projeto nos diferentes níveis sociais, culturais e educacionais”, pontua o coordenador de Cultura, André Regis.
Segundo ele, a administração pública que trabalha por meio do vínculo artístico, estabelece uma comunicação afetiva, simbólica e acessível com a população. “Os cidadãos vão desenvolvendo consciência e sensibilidade, ou seja, serão cidadãos que vão fazer a diferença dentro da comunidade. Não é só entretenimento, é uma forma de integração social”. No ano que vem, o número de vagas deve ser ampliado em pelo menos mais 50 pessoas.
Já a secretária de Educação do município, Marta Frares, coloca a importância desse primeiro contato, afirmando que o município irá trabalhar para atender a lei 11.769/2008 que rege a obrigatoriedade da disciplina de música na grade curricular. “Já em 2014, a música estará presente nas séries iniciais”. São as ações do Ciranda provocando transformações no cenário social e político.
Vale ressaltar, entre as aulas oferecidas estão a de instrumentos da classe de cordas (violino, viola, violoncelo e contrabaixo), sopros e percussão, além da musicalização e coral infantil.
