Após fim de semana violento, polícia ocupa favela na Baixada Fluminense

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Ag. Estado

 

“Não há informações sobre o envolvimento das seis vítimas com o tráfico de drogas na comunidade”
Após chacina de 6 jovens na região da favela da Chatuba, policiais militares do Choque e do Batalhão de Operações Especiais (Bope), entre outros, ocuparam na madrugada desta terça-feira, 11, a comunidade na Baixada Fluminense, região metropolitana do Rio de Janeiro.
Ao todo, em três dias, foram 12 mortes na área, de acordo com a PM. A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro classificou os crimes como “bárbaros”.
A ocupação é por tempo indeterminado e não houve registro de confrontos. Cerca de 250 policiais militares participam da ação. Sete pessoas foram presas, de acordo com a Polícia Militar do Rio de Janeiro.
Com a ocupação, uma Companhia Destacada da Polícia Militar, com 112 homens, será instalada na área.
Para a polícia, a onda de violência na região é uma tentativa dos traficantes para demonstrar força e demarcar território.
Escolas da região devem ter as aulas suspensas nesta manhã. A comunidade é cortada pelo rio Sarapuí e fica nos municípios de Nilópolis e Mesquita, próxima ao Parque de Gericinó.
Autoridades afirmam que criminosos que atuam na área fugiram dos complexos do Alemão e da Penha, com a atuação da Polícia Militar, e migraram para esta região da Baixada Fluminense, de acordo com a rádio CBN.
Chacina. Nesta segunda-feira, os corpos de seis adolescentes da região foram encontrados em um canteiro de obras da duplicação da Rodovia Presidente Dutra.Os jovens estavam desaparecidos desde sábado, 8, quando saíram de casa para tomar um banho de cachoeira no parque.
Não há informações sobre o envolvimento das seis vítimas com o tráfico.
Na mesma região onde os jovens foram mortos, Jorge Augusto de Souza Alves Júnior, de 34 anos, cadete da PM, foi assassinado. Com marcas de tortura, o corpo do cadete foi encontrado no porta-malas do seu Fox, na manhã de sábado, 8. Ele foi morto a tiros.
Alves havia participado de um baile no Clube Lisboa e foi levar uma moça em casa, na Favela da Chatuba. A polícia acredita que ele tenha sido identificado como policial – a farda estava no carro.
O pastor evangélico Alexandro Lima, de 37 anos, também foi morto na mesma manhã. Ele estaria fazendo uma caminhada, quando foi atacado. A polícia trabalha com a hipótese de o pastor ter testemunhado as agressões ao cadete.

 

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