Agentes penitenciários rejeitam proposta e mantêm a greve

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Categoria ainda vai decidir quais serviços serão mantidos e cortados nas penitenciárias

*Os agentes penitenciários estão de braços cruzados desde o dia 31 de maio
*Os agentes penitenciários estão de braços cruzados desde o dia 31 de maio

Os agentes penitenciários de Mato Grosso decidiram agora há pouco manter a greve por tempo indeterminado. Os servidores estão reunidos, em assembleia geral, na tarde desta terça-feira (14) na sede do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen), em Cuiabá.

Os profissionais estão de braços cruzados desde o dia 31 de maio em protesto contra o não-pagamento integral da Revisão Geral Anual (RGA), de 11,27%. O movimento foi declarado ilegal no último dia 3.

No último final de semana, a greve dos agentes provocou “revolta” dos presos em razão da interrupção das visitas. Desde sexta-feira (10),  vários ataques, comandandos de dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), foram registrados em Cuiabá, Várzea Grande e no interior.

O secretário de Estado de Segurança Pública (Sesp), Rogers Jarbas, atribuiu a responsabilidade dos atentados ao Sindspen. Ele disse que se os servidores tivessem cumprido a decisão judicial de retornar ao trabalho, nada teria acontecido.

Conforme o presidente do Sindspen, João Batista Pereira, a categoria não aceitou a terceira proposta apresentada pelo Governo para pagar a RGA e resolveu dar continuidade ao movimento paredista.

O Executivo propôs quitar 6% dos 11,27% da revisão inflacionária em três parcelas – em setembro deste ano e em janeiro e abril de 2017.

O Palácio Paiaguás também reiterou a possibilidade de pagar os 5,27% restantes da reposição a partir de março do ano que vem, desde que o Estado esteja enquadrado nos gastos com folha salarial exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“Já tínhamos orientação do Fórum Sindical para rejeitarmos a proposta e assim fizemos”, disse o sindicalista.

“Entendemos que a proposta não atende ao pleito dos servidores e, por isso, vamos continuar parados, até que o Estado cumpra a lei e pague os 11,27% da RGA”, complementou.

Conforme João Batista, a categoria ainda vai decidir, na assembleia quais serviços serão mantidos e cortados durante a greve.

Ele informou também que já recorreu da decisão que declarou o movimento ilegal.

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